Nove meses após a família de Maria Daniela Ferreira Alves, de 19 anos, denunciar que a jovem foi dopada, espancada e estuprada por um ex-colega de escola em Coité do Nóia, no interior de Alagoas, o suspeito de praticar o crime continua foragido das autoridades alagoanas. Victor Bruno da Silva Santos, 18 anos, tem mandado de prisão preventiva em aberto e segue em liberdade.
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Sandra Maria Ferreira, mãe de Daniela, cobrou ação da polícia e pediu justiça pela filha, que desde o ocorrido tem convivido com sequelas e acompanhamento médico.
"Estou aqui pedindo justiça. Completou nove meses no dia 7 e até hoje não foi feita justiça pela minha filha. O rapaz continua foragido. Eu quero justiça. Eu quero que ele pague pelo que fez com minha filha. Até hoje o cérebro dela ainda está 'travado'. E o rapaz continua foragido. Só Deus e eu sabemos o sofrimento que estou passando com minha filha".
"Estou indo levá-la para fazer fisioterapia em Palmeira dos Índios. Quando chegar, tem que tomar injeção. O médico passou que ela tem que tomar injeção uma vez na semana por dois meses, para ver se o cérebro dela vai voltando aos poucos. Não é fácil. Quem é mãe sabe o sofrimento que estou passando. Eu estou pedindo justiça pela minha filha, pelo amor de Deus", disse em vídeo enviado à TV Pajuçara. Assista abaixo:
Ao Fique Alerta, o chefe de operações da Delegacia de Palmeira dos Índios, Diogo Martins, afirmou que o mandado de prisão preventiva segue em aberto, mas o suspeito ainda não foi localizado.
A polícia pede ajuda da população com informações que possam contribuir para localização do suspeito por meio do Disque Denúncia no número 181.
O caso
A ocorrência foi registrada em Coité do Nóia, no interior do estado, em dezembro de 2024. Segundo denúncia do Ministério Público do Estado de Alagoas, os abusos e agressões teriam acontecido em uma chácara da família de Victor Bruno, que teria se aproveitado da amizade que tinha com a vítima, desde que estudaram na mesma escola, para praticar os crimes após consumirem bebidas alcoólicas.
A investigação mostrou que o suspeito teria praticado relações sexuais sem o consentimento de Maria Daniela e tentado impedir que ela deixasse o local.
O MP-AL relatou que foram encontradas substâncias psicoativas em exames feitos na vítima. Entre as drogas estão a prometazina, diazepam, fenitoína, haloperidol e nordiazepam.
Peritos também comprovaram que a vítima foi estuprada e que ela apresenta atrasos cognitivos por causa da violência empregada na prática do crime.
Victor Bruno teve a prisão preventiva decretada no dia 2 de abril de 2025.
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