O que é polilaminina e como ela pode recuperar movimentos após lesão na medula

Publicado em 31/12/2025, às 10h57
Foto: Reprodução/Freepik
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Por Redação

Pesquisadores da UFRJ desenvolveram a polilaminina, uma substância que auxilia na recuperação de movimentos em pacientes com lesões na medula espinhal, resultando em melhorias significativas em dois pacientes que apresentaram retomada de sensações e pequenos movimentos após a aplicação do composto.

A polilaminina, uma proteína criada a partir da placenta humana, é uma versão sintética da laminina, essencial para a conexão neuronal durante o desenvolvimento embrionário, e vem sendo estudada há mais de 20 anos.

Em um estudo com cães paraplégicos, quatro dos seis animais tratados com polilaminina conseguiram retomar a locomoção após a aplicação, sem efeitos colaterais graves, o que abre novas possibilidades para o tratamento de paralisias em humanos.

Resumo gerado por IA

A polilaminina é uma substância desenvolvida por pesquisadores que tem despertado interesse da comunidade científica por sua capacidade de auxiliar na recuperação de movimentos após lesões na medula espinhal, abrindo novas perspectivas para o tratamento de pacientes com paralisia.

De acordo com o grupo de pesquisadores Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que está desenvolvendo o composto, dois pacientes que tiveram lesão medular completa, com perda total de movimentos e de sensibilidade da cintura para baixo, apresentam retomada de sensações e foram capazes de fazer pequenos movimentos depois de receberem aplicação da substância.

A polilaminina é uma proteína desenvolvida a partir da placenta humana. O composto é uma versão recriada em laboratório da laminina, proteína presente no desenvolvimento embrionário e que ajuda os neurônios a se conectarem.

A substância vem sendo estudada pelos pesquisadores da UFRJ há mais de 20 anos.

Resultados em cães

Um estudo publicado em agosto na revista Frontiers in Veterinary Science avaliou os efeitos da polilaminina em seis cães paraplégicos que não conseguiam andar, mesmo após cirurgias e meses de fisioterapia. Alguns desses animais estavam sem se movimentar há anos.


Depois da aplicação da substância diretamente na medula, quatro dos animais conseguiram voltar a dar passos e melhorar a firmeza da marcha. Dois tiveram avanços mais discretos. Os efeitos foram acompanhados por seis meses.


Não foram registrados efeitos colaterais graves: apenas um caso de diarreia foi relatado, sem ligação comprovada com o medicamento.

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