Cinco sociedades médicas brasileiras lançaram a primeira diretriz nacional para o tratamento da obesidade, que passa a ser reconhecida oficialmente como doença crônica multifatorial com forte impacto na saúde cardiovascular.
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A partir de agora, todo adulto com sobrepeso ou obesidade deverá ter o risco cardiovascular avaliado antes de iniciar o tratamento, marcando uma mudança significativa na medicina preventiva.
Segundo Djairo Araújo, médico com atuação em Nutrologia e Medicina Esportiva, o novo modelo deixa de focar apenas na balança e passa a olhar para a saúde global e o metabolismo do paciente.
Por que a mudança é importante?
A ciência mostra que a obesidade é uma condição inflamatória crônica, ligada ao aumento do risco de infarto, AVC, hipertensão, apneia do sono, esteatose hepática e resistência à insulina.
No Brasil, 68% dos adultos têm sobrepeso e 31% vivem com obesidade, que em 2021 causou mais de 60 mil mortes prematuras.
Nova abordagem de tratamento
A diretriz reforça que tratar a obesidade é prevenir doenças cardiovasculares. O protocolo inclui avaliação clínica completa, análise metabólica e hormonal, plano nutricional e físico personalizado e uso criterioso de medicamentos modernos como semaglutida e tirzepatida — sempre aliados a mudanças no estilo de vida.
O risco de manter a visão antiga
Encarar a obesidade como problema estético leva à negligência diagnóstica, efeito sanfona e maior risco cardiovascular. Djairo alerta ainda para o perigo da automedicação e do uso inadequado de fármacos para emagrecimento.
Um novo caminho
A diretriz coloca o Brasil na vanguarda da medicina personalizada, que integra aspectos biológicos, psicológicos e sociais.
“Tratar a obesidade é restaurar o terreno metabólico e proteger o coração”, resume Djairo Araújo.
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