A operação "Caríbdes", que investiga supostos crimes contra a administração pública cometidos durante a construção do Canal do Sertão alagoano, concluiu que a obra chegou a ser superfaturada em R$ 70 milhões, 10% do valor total previsto para a construção.
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O caso foi revelado nesta quinta (30), após a Polícia Federal em Alagoas deflagrar o cumprimento de mandados na casa do ex-governador do Estado, Teotonio Vilela Filho, e em imóveis de pessoas ligadas ao governo da época.
O delegado federal que preside o inquérito, Antônio José Lima de Carvalho, disse que, para confirmar as informações apuradas na investigação, foram apreendidos, por exemplo, equipamentos e materiais na casa do ex-governador. “Apreendemos documentos, smartphones e computadores da residência do ex-governador. Ele se mostrou surpreso com a ação, mas não fez nada para impedir nosso trabalho”, afirmou.
Carvalho disse ainda que a polícia já tem um forte conjunto de provas dos supostos crimes. “Neste momento, nós estamos analisando o conteúdo dos smatphones, as conversas do WhatsApp, e esperamos, o mais breve possível, concluir a operação, haja vista o forte conjunto probatório já existente”, disse.
A PF solicitou mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva de suspeitos, mas o juiz da 2ª Vara Federal de Alagoas não autorizou prisões. Com o cumprimento dos mandados de busca, a próxima etapa é o depoimento dos suspeitos, já amanhã.
A defesa
Em nota, o ex-governador Teotonio Vilela Filho afirmou que não praticou nenhum crime e que a verdade será restabelecida.
O ex-chefe do Estado de Alagoas disse ainda que se assegura em ser o maior interessado para a elucidação das investigações e que continuará à disposição das autoridades policiais.
Confira abaixo a nota na íntegra:
O ex-governador Teotonio Vilela Filho tem consciência de que não praticou nenhum crime e que a verdade será restabelecida.
Em coerência com a sua história de vida pessoal e política, o ex-governador assegura ser o maior interessado na elucidação dessas investigações e que continuará à disposição das autoridades, contribuindo no que for preciso.
Veja o vídeo da entrevista coletiva desta quinta (30):
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