Marcelo VIP, conhecido como um dos maiores golpistas do Brasil, faleceu aos 49 anos devido a complicações de cirrose hepática, após uma vida marcada por fraudes e identidades falsas. Sua trajetória inclui se passar por milionário, membro de facção criminosa e músico, impactando a percepção pública sobre crimes de impostura.
Natural de Maringá (PR), Marcelo começou a aplicar golpes na adolescência, incluindo fraudes que o levaram a se passar por filho de empresários e a ganhar notoriedade entre celebridades. Ele acumulou mais de 30 anos de condenações por crimes como estelionato e falsidade ideológica, refletindo a gravidade de suas ações.
Após cumprir pena, Marcelo estava em liberdade nos últimos anos e se apresentava como 'mestre na arte de vender sonhos' em suas redes sociais. Ele também participou de podcasts, compartilhando suas experiências, o que gerou discussões sobre a glamorização de figuras como ele na sociedade.
Marcelo VIP morreu nesta terça-feira (9) aos 49 anos após complicações causadas por cirrose hepática. Conhecido como um dos maiores golpistas do Brasil, ele fez de tudo um pouco: se passou por milionário, membro de facção criminosa, guitarrista, entre outras ocupações.
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QUEM ERA MARCELO VIP?
Natural de Maringá (PR), Marcelo Nascimento da Rocha começou a aplicar golpes quando adolescente. No livro, "VIPs: histórias reais de um mentiroso", a autora Mariana Caltabiano diz que Marcelo viajou de Curitiba a Porto Alegre de ônibus gratuitamente, alegando ser sobrinho do dono da companhia.
Já adulto, Marcelo aplicou golpe semelhante se passando por filho do dono da Gol. Em outubro de 2001, durante o Recifolia, Marcelo disse que era Henrique Oliveira, vice-presidente da companhia aérea e filho de Nenê Constantino, fundador da empresa.
Ele concedeu entrevista ao apresentador Amaury Jr e andou de helicóptero. Na ocasião, afirmou que o segredo da companhia aérea era quitar aeronaves, e não realizar leasing, diferentemente de outras empresas. Ele fez amizade com celebridades da época, como o ator Ricardo Macchi, e chegou a sair em revistas de celebridades.
"De dez coisas que ele fala, onze são mentiras", disse Josélia Nascimento, mãe de Marcelo VIP, em entrevista para o documentário "VIPs - Histórias Reais de um Mentiroso".
Em rebelião, se apresentou como líder do PCC. Ainda segundo o livro de Mariana Caltabiano, em 2003, enquanto cumpria pena no Rio de Janeiro, ele apareceu na TV, durante uma rebelião, dizendo ser um representante da facção criminosa - algo nunca comprovado - e negociando com as autoridades. Na época, ele se identificou como Juliano.
Marcelo já se passou por músico da banda Engenheiros do Hawaii. Após ser motorista da banda durante festival de música, ele passou a se identificar como o guitarrista da banda Ricardo Horn, chegando inclusive a dar autógrafos para fãs. Ele ainda se passou por membro da banda Nenhum de Nós e olheiro da seleção brasileira.
Impostor foi condenado há mais de 30 anos por diversos crimes. Na sua ficha, constam crimes como estelionato, falsidade ideológica, roubo de avião e associação ao tráfico de drogas.
Estava em liberdade nos últimos anos. Segundo Mariana Caltabiano, Marcelo cumpriu pena na prisão e no regime semiaberto, porém estava livre nos últimos anos de sua vida.
Nas suas redes sociais, Marcelo se apresentava como "mestre na arte de vender sonhos". Ele participou de diversos podcasts para contar casos de sua vida
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