Operação prende empresários suspeitos de fraudes de R$ 66 milhões no RJ

Publicado em 30/07/2019, às 09h50
Reprodução / Globo
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Por Agência Brasil

A Polícia Civil e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagraram hoje (30) a Operação Catarata contra um esquema de corrupção na Fundação Leão XIII. A instituição oferece serviços como tratamento oftalmológico à população de baixa renda. A estimativa é que a fraude tenha movimentado aproximadamente R$ 66 milhões.

Os agentes cumprem sete mandados de prisão temporária e 22 de busca e apreensão no estado contra acusados por fraudes licitatórias contra a administração pública, falsidade ideológica, associação criminosa e crimes conexos. Seis empresários pessoas foram presos, entre eles, o casal Flávio Salomão Chadud e Marcelle Braga Chadud.

Veja os nomes dos presos:

André Brandão Ferreira;
Daisy Luce Reis Couto;
Flávio Salomão Chadud;
Marcelle Braga Chadud;
Marcus Vinicius Azevedo da Silva;
Vitor Alves Silva Júnior.

As investigações começaram a partir de indícios de fraudes identificados em licitações realizadas entre 2015 e 2018. O esquema, segundo apurações preliminares da Controladoria Geral do Estado do Rio, envolvia as empresas Servilog, Tercebrás, Grupo Galeno e Riomix 10. Segundo agentes da Polícia Civil, as concorrências eram direcionadas para que a Servilog vencesse as disputas, enquanto as outras empresas participavam apenas para garantir uma aparente competitividade ao processo.

Nos pregões eletrônicos que ocorreram nesse período foram realizadas quatro contratações para a aquisição de 560 mil armações de óculos, 560 mil consultas oftalmológicas e 560 mil exames de glicemia.

As empresas vão responder administrativamente e podem ser punidas com base na Lei Anticorrupção, que prevê multa de até 20% do faturamento, considerando o teto de cobrança de R$ 60 milhões, e podem ficar impedidas de participar de outros contratos com órgãos da administração pública.

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