Padre Júlio diz que há conspiração contra trabalho da Pastoral de Rua

Publicado em 21/12/2025, às 16h38
"Muitos se juntam também para conspirar contra", afirmou em missa - Foto: Agência Brasil
"Muitos se juntam também para conspirar contra", afirmou em missa - Foto: Agência Brasil

Por Agência Brasil

Durante sua primeira missa após a proibição de transmitir ritos online, o Padre Júlio Lancellotti denunciou conspirações contra as ações da Pastoral de Rua, que atende pessoas em situação de vulnerabilidade. Ele expressou preocupação com a hostilidade que sua comunidade enfrenta, destacando a importância da solidariedade.

O padre mencionou diversas iniciativas sociais, como as desenvolvidas no Centro Santa Dulce e na Casa Nossa Senhora das Mercês, enfatizando que as atividades são mantidas por doações e não recebem apoio do governo. Ele também defendeu a importância de conhecer o trabalho realizado por essas instituições.

Apesar da restrição imposta pela Arquidiocese, a missa foi transmitida ao vivo por uma plataforma alternativa, evidenciando o apoio da comunidade ao trabalho do padre. A Arquidiocese de São Paulo não se pronunciou sobre a situação até o momento.

Resumo gerado por IA

Em sua primeira missa dominical após ser proibido pela Arquidiocese de São Paulo de transmitir o rito na internet, o Padre Júlio Lancellotti disse neste domingo (21) que as ações da Pastoral de Rua, que atende a pessoas em situação de rua, estão sendo vítimas de conspiração.

“Eu não sei o que é que vai acontecer nas próximas semanas, porque, assim como nós nos juntamos para dizer que somos irmãos, muitos se juntam também para conspirar contra. Assim como nós nos juntamos para rezarmos juntos, outros se juntam para conspirar, para fazer formas de destilar o seu ódio”, disse o padre ao final da missa, após listar uma série de atividades desenvolvidas pela pastoral.

“O que é interessante é que os que atacam não conhecem a história, não sabem tudo o que foi vivido”, acrescentou, em outra parte de sua fala.

O religioso lembrou das ações sociais desenvolvidas no Centro Santa Dulce, na Casa Santa Virgínia, e na Casa Nossa Senhora das Mercês. “Quem quer saber o que é feito é só visitar os trabalhos. É só ir para uma das casas”, disse. 

“O pão que é feito na padaria, que é mantido pela doação de todos ─ e se faz, ali, 2 mil pães, que são divididos em muitos lugares e aqui também ─, nada disso é custeado pelo poder público e por nenhuma outra instância. É a boa vontade de todos”, acrescentou.

Padre Júlio voltou a defender grupos discriminados, como os moradores de rua, os sem terra, os povos indígenas, os negros, os palestinos, e as mulheres. 

“Até o fim, nós estaremos com aqueles que lutam pela terra, pelos povos indígenas, pelas mulheres, pelos negros, por todos os que são discriminados, pela Palestina livre. Mesmo que em alguns momentos sejamos diminuídos, alvejados e feridos, mesmo machucados e sangrando, nós amaremos até o fim”, destacou.

Apesar da proibição de o religioso utilizar as redes sociais, a Rede Jornalistas Livres transmitiu ao vivo, pelo Instagram, a missa do padre Júlio neste domingo. A Arquidiocese de São Paulo foi procurada pela Agência Brasil durante a semana, mas não se manifestou.

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