Publicado em 01/12/2025, às 16h40
A Polícia Civil de Alagoas abriu um inquérito para investigar o caso de um bebê encontrado morto em uma sacola de lixo em Delmiro Gouveia, com a investigação liderada pelo delegado Roberto Cavalcante.
O pai do bebê se apresentou à polícia, alegando que sua companheira havia abortado em casa e que, sem saber como proceder, descartou o corpo no lixo, sem consciência de que isso era um crime.
Exames periciais estão em andamento e novas diligências serão realizadas para esclarecer as circunstâncias do ocorrido, após o corpo ter sido encontrado por uma catadora de recicláveis que inicialmente pensou se tratar de um boneco.
A Polícia Civil de Alagoas informou que, nesta segunda-feira, 1º, abriu um inquérito para investigar o caso do bebê encontrado morto dentro de uma sacola no lixo, em Delmiro Gouveia, Sertão do estado. A investigação está sendo conduzida pela Delegacia Regional do município, sob comando do delegado Rodrigo Cavalcanti.
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O pai do bebê se apresentou espontâneamente às autoridades, para assumir que havia descartado o corpo. Em depoimento à polícia, ele contou que a companheira, que estava grávida de aproximadamente seis meses, teria passado a noite com fortes dores e abortado durante a madrugada, no banheiro da residência do casal.
Segundo o homem, por não saber como agir diante da situação, retirou o bebê nascido morto do local e o colocou em uma sacola, seguindo de moto até outra rua, onde o deixou no lixo. Ele também declarou que não tinha consciência de que o descarte daquela forma era crime.
A polícia informou ainda que os exames periciais estão sendo realizados e novas diligências ocorrerão para apurar com precisão as circunstâncias do fato.
O caso
Uma catadora de recicláveis encontrou, na manhã desta segunda, um bebê morto dentro de uma sacola plástica deixada entre lixos na Rua Padre Cícero, no bairro Eldorado, em Delmiro Gouveia. Conforme apuração, agentes que atenderam a ocorrência identificaram sinais que apontaram para um possível aborto recente, incluindo sangue fresco e a presença da placenta.
A catadora dona Creuza pensou que o corpo era um boneco. "Eu vi a sacola muito grande, aí fui ver se tinha alguma coisa, algum volume. Aí peguei e joguei dentro do carrinho. Quando cheguei na lixeira, comecei a tirar as coisas de dentro, a separar [...] Quando abri e olhei, vi [o bebê]. Achei estranho porque tinha os cabelos de gente mesmo", disse.
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