Foram quatro jogos sem marcar, nem vencer e com a zona de rebaixamento cada vez mais visível no retrovisor do Palmeiras, até a agonia diminuir neste sábado. O atual campeão jogou com eficiência e contou com a força da torcida para bater o Fluminense por 3 a 1 pelo Campeonato Brasileiro e encerrar o princípio de crise, pelos maus resultados e cobranças internas.
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Se a partida pudesse ser personificada, teria como nome o venezuelano Guerra. O meia voltou à equipe para a partida, marcou um gol e organizou todo o trabalho de criação de jogadas. Se teve lance de perigo do Palmeiras, teve a presença do jogador, que por um desejo do clube, ficou no Brasil e não viajou para disputar amistosos pela seleção nos Estados Unidos.
O Palmeiras procurou o remédio para a crise na receita do sucesso do ano passado. O time pressionou bastante o adversário logo no começo e marcou o gol ao estilo do técnico Cuca, com cobrança de lateral. A bola veio da esquerda, foi ajeitada de cabeça e terminou nas redes com o chute de primeira de Guerra. Aos nove minutos a equipe estava em vantagem e parecia se tranquilizar.
A situação cômoda durou pouco. O Fluminense descobriu o atalho ao gol em um veneno criado pelo próprio Palmeiras. O assédio do clube paulista pelo atacante Richarlison fez o jogador pedir para não atuar, mas o substituto dele deu um enorme trabalho. O veloz Marcos Calazans chegou à linha de fundo diversas vezes e em uma dessas investidas, serviu para Henrique Dourado igualar, aos 18 minutos.
Afoito para reagir, o Palmeiras precisou trocar o posicionamento do time para que Tchê Tchê virasse lateral e desse conta de Calazans. Enquanto isso, o setor ofensivo sofria para fazer as jogadas, por pura ansiedade. O erro no toque final manteve o segundo gol sob suspense até que aos 40 minutos, Róger Guedes fez jogada brilhante, ao passar por dois e rolar para Keno finalizar.
Como estava pela segunda vez com a vantagem, o Palmeiras soube melhor se aproveitar da situação. O time voltou do intervalo com o volante Thiago Santos para reforçar a marcação, sem que a mudança recuasse a formação. A equipe controlou a partida, ao se utilizar da estratégia de manter a posse de bola no campo de ataque. Porém, enquanto não definisse a partida, o perigo continuava a rondar.
Pelo menos o tempo passou a favor do Palmeiras. Mesmo sem ser dominante, o time conquistou uma vitória importante, graças a uma defesa de Prass nos acréscimos e o gol final de Róger Guedes, ao aproveitar contra-ataque. O resultado é fundamental por frear a crise e propiciar a chance de recuperar a confiança na temporada.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 3 X 1 FLUMINENSE
PALMEIRAS: Fernando Prass; Jean (Thiago Santos), Edu Dracena, Juninho e Zé Roberto; Felipe Melo (Fabiano), Tchê Tchê e Guerra; Róger Guedes, Keno (Michel Bastos) e Willian. Técnico: Cuca
FLUMINENSE: Júlio César; Lucas, Henrique (Marcos Junior), Reginaldo e Léo; Luiz Fernando (Nogueira), Wendel, Marcos Calazans, Gustavo Scarpa e Marquinho (Matheus Alessandro); Henrique Dourado. Técnico: Abel Braga.
Gols: Guerra, aos 9, Henrique Dourado, aos 18, e Keno, aos 40 minutos do primeiro tempo. Róger Guedes, aos 48 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Henrique Dourado, Felipe Melo, Henrique, Zé Roberto, Róger Guedes.
Público: 33.066 pagantes.
Renda: R$ 2.126.138,83.
Local: Allianz Parque, em São Paulo.
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