Ao novo ministro da Saúde, o médico Marcelo Queiroga – o quarto a assumir a pasta em apenas um ano –, os diretores da OMS desejaram "firmeza" e "competência" e pediram coordenação na gestão da pandemia no país.
"Desejamos ao ministro Marcelo Queiroga muita competência e firmeza na condução do enorme desafio que hoje tem o Brasil pela frente. Acho que a mensagem extremamente importante e que ele já se posicionou foi das políticas de saúde serem baseadas em evidências científicas (...) e que sejam alinhadas nas três esferas de governo", disse vice-diretora-geral da OMS, Mariângela Simão.
'Levar a sério'
Em todas a coletivas semanais realizadas neste mês de março, a OMS alertou que o Brasil precisa levar a pandemia "a sério" para frear o aumento de casos e mortes pela Covid-19.
"A situação é muito séria, muito preocupante. As medidas de saúde pública que o Brasil deveria adotar deveriam ser agressivas – enquanto, ao mesmo tempo, distribui vacinas. (...) Se o Brasil não for sério, vai continuar a afetar toda a vizinhança lá e além. Não é só sobre o Brasil", disse Tedros em 5 de março.
No dia 12, Tedros voltou a demonstrar preocupação com o país e afirmou que o aumento no número de mortes "é muito preocupante".
O diretor-geral destacou na ocasião que a população brasileira deve receber "mensagem claras das autoridades de saúde" sobre a situação do país para saber como agir. "Começando pelo governo, todos os interlocutores devem agir de forma séria", afirmou.
