Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento; entenda

Publicado em 05/12/2025, às 08h44
Cecília Fabiano/Folhapress
Cecília Fabiano/Folhapress

Por CNN Brasil

O Vaticano, por meio de um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, redefiniu a prática sexual no casamento, enfatizando que o sexo deve fortalecer a união matrimonial e não se restringir apenas à procriação.

O documento destaca a importância do consentimento mútuo e da dignidade igual entre os cônjuges, além de criticar a poligamia, especialmente na África, reafirmando que o casamento deve ser um compromisso exclusivo entre um homem e uma mulher.

Com orientações direcionadas a 1,4 bilhão de católicos, o Vaticano incentiva a busca por casamentos monogâmicos e duradouros, sublinhando que cada união conjugal deve ser única e não compartilhada com outros.

Resumo gerado por IA

Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para "enriquecer e fortalecer" a "união exclusiva do matrimônio".

A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.

O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que "não nega sua fecundidade", ainda que deva "naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida".

O texto também prevê o conceito de consentimento livre" e "pertencimento mútuo", assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.

"Um cônjuge é suficiente"

No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e "exclusivo".

Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.

"Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto", diz o documento. 

"Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros", enfatizou a Santa Sé.  

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