Neste domingo, 23, acontece a 23ª edição da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo.E a manifestação na Avenida Paulista não conta apenas com a presença de cidadãos e turistas celebrando e protestando, mas também com empresas.
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Eles não buscam só a visibilidade do público, estimado em 3 milhões durante o domingo. Segundo a consultoria McKinsey, a inclusão dentro de companhias pode representar resultados financeiros até 21% melhores do que em outras empresas.
Além de grandes patrocinadoras, como o Uber, Amstel, Burger King e Avon, companhias como a Microsoft e Salesforce incentivam a ida de funcionários ao evento e dão seu apoio à causa.
No Brasil, a inclusão de diversidade ainda é um tema pouco debatido nas empresas e os profissionais que se identificam como LGBT+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Queer, Intersexo e Asexual) não se sentem confortáveis para se assumir no ambiente de trabalho.
Segundo a pesquisa exclusiva da Love Mondays, 66% dos profissionais LGBT+ acreditam que assumir sua identidade poderá ferir sua carreira. E 62% não tentariam uma vaga em empresa que não apoia a causa LGBT+.
A pesquisa foi feita entre os dias 6 e 11 de junho, com 1.544 respondentes LGBT+. Desses, 126 são transexuais.
De acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), a cada 48 horas, uma pessoa trans é assassinada no Brasil. Entre os profissionais que se identificaram como trans, 53% acreditam que se assumir poderia prejudicar sua carreira.
No mercado de trabalho, 35% dos profissionais LGBT+ contam que já sofreram algum tipo de discriminação no trabalho. No grupo trans, o número sobe para 40%.
Neste mês, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu enquadrar a homofobia e a transfobia como racismo. Os ministros ainda têm três ações relacionadas à comunidade: o uso de banheiro por transexuais, a doação de sangue por homens homossexuais e o bullying homofóbico contra crianças nas escolas.
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