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A maioria independentista do Parlamento da Catalunha aprovou nesta sexta-feira uma reforma legislativa que permite a eleição de um presidente regional mesmo que o candidato esteja ausente, o que possibilitaria a posse do líder separatista Carles Puigdemont.
De forma imediata, o governo central da Espanha anunciou ter iniciado os trâmites para apresentar um recurso no Tribunal Constitucional (TC) contra a modificação da Lei da Presidência dessa comunidade autônoma, que foi proposta pela coalizão eleitoral separatista Juntos pela Catalunha (JxCat, de centro-direita), liderada por Puigdemont.
O ex-governante catalão está na Alemanha em liberdade provisória, já que é considerado foragido pela Justiça espanhola, e aguarda a resolução do pedido de extradição de um juiz espanhol. Ele responde na Espanha por crimes relacionados com o processo de independência da Catalunha.
O plenário catalão decidiu tramitar e votar a reforma, apesar das advertências do TC espanhol e do Conselho Consultivo de Garantias Estatutárias da Catalunha, cujos pareceres são contrários à eleição a distância do presidente da comunidade autônoma.
O recurso apresentado pelo governo espanhol e os prazos estipulados pela própria reforma legislativa catalã para sua plena execução dificultam uma posse de Puigdemont antes de 22 de maio.
Nessa data termina o prazo para que haja um novo presidente autônomo catalão após o pleito regional realizado em 21 de dezembro do ano passado. Caso não haja um presidente até esse dia, seriam convocadas novas eleições.
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