Passaporte x cachorro-quente: post viral sobre sanduíche alagoano divide a web

Publicado em 07/11/2025, às 15h45 - Atualizado às 15h50
Reprodução / Nide Lins
Reprodução / Nide Lins

Por TNH1

Uma polêmica voltou às redes depois que um post viral questionou se o passaporte alagoano não passava de um "cachorro-quente".

Tradicional em Alagoas, o passaporte lembra um cachorro-quente turbinado com maionese, queijo ralado e vinagrete, e se tornou um clássico no estado.

O lanche surgiu nos anos 1970, quando o casal gaúcho Milton e Laci abriu uma lanchonete na Av. da Paz e rapidamente conquistou os alagoanos.

O nome nasceu de uma brincadeira: seria um “passaporte para ficar”, já que o casal não queria mais deixar Alagoas.

Fora do estado, o nome pode soar estranho, como mostrou um internauta que, no X (antigo Twitter), se surpreendeu ao ver o cardápio de uma lanchonete em Maceió.

“Tá na hora do Rio e de SP se juntarem e acabarem com essa palhaçada”, disse uma.

O autor da publicação original, o alagoano Henkeo Peixoto, contou que tudo começou como um simples desabafo sobre o preço do lanche e ficou surpreso com comentários xenofóbicos.

Uma polêmica voltou às redes sociais depois que uma publicação viral questionou se o passaporte não passava de um "cachorro-quente", reacendendo a clássica discussão sobre o sanduíche. 

Se você é alagoano, provavelmente já provou o famoso passaporte, que lembra um cachorro-quente turbinado e aparece em várias versões, geralmente com maionese, queijo ralado e vinagrete.

O nome chegou em Alagoas pelo casal gaúcho Milton e Laci na década de 1970, quando eles montaram uma pequena lanchonete em um reboque na Av. da Paz, em Maceió. A origem combina uma homenagem a um amigo e uma brincadeira: seria um "passaporte para ficar", já que o casal não queria mais voltar para o Sul. A pequena lanchonete cresceu e o passaporte virou o carro chefe da sandubaria, hoje, uma das mais famosas de Maceió.  

Fora de Alagoas, porém, o nome costuma soar estranho. Afinal, "passaporte" remete a documento de viagem, e quem não conhece a iguaria pode olhar e pensar que se trata apenas de um simples cachorro-quente.

Foi o que aconteceu na última quinta-feira (6), quando um internauta no X (antigo Twitter) ficou surpreso ao ver o cardápio de uma lanchonete em Maceió:

"C@ralho, em algum lugar do Brasil chamam cachorro-quente de PASSAPORTE. Que porr@ é essa?"

O post viralizou, ultrapassou dois milhões de visualizações e reacendeu a velha discussão entre alagoanos e o resto do país.

"Não coloque cachorro-quente no mesmo patamar do passaporte alagoano", alertou uma internauta de AL. Outra, incomodada, disparou: "Tá na hora do Rio e de SP se juntarem e acabarem com essa palhaçada".

Houve também quem defendesse o lanche com entusiasmo: "O passaporte alagoano é uma delícia! Não é um cachorro quente, nele vai carne moída, vinagrete e queijo ralado! Sempre que vou para Maceió, eu preciso comer um."

AUTOR DO POST FICOU SURPRESO E DESTACOU COMENTÁRIOS XENOFÓBICOS

O autor da publicação original, o alagoano Henkeo Peixoto, contou ao TNH1 que tudo começou como um simples desabafo sobre o preço do lanche. "Usei o tweet só como desabafo a respeito do preço. Foi um pequeno susto ver que o valor tinha subido", disse ele.

Henkeo afirma que não esperava tamanha repercussão - e muito menos alguns comentários que recebeu.

"Recebi muitos comentários de cunho xenófobo, julgando a forma que tratamos o nosso querido passaporte. É um patrimônio cultural, e essas coisas mudam de nome conforme a região. Qual o motivo de chamarmos 'passaporte' ser um erro?"

Ele diz que ficou impressionado ao ver o assunto chegando a perfis enormes e ganhando proporções que jamais imaginou.

"O meu choque ao ver que tinha ido pra portais de milhões de seguidores e a quantidade de interações me deixou chocado. Devia ter pedido patrocínio da lanchonete! 😂"

CONFIRA A REPERCUSSÃO:

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