Cláudio Correia da Silva, conhecido como Pastor Cláudio, foi identificado como líder de um esquema de extorsão e intimidação empresarial ligado ao Comando Vermelho na Baixada Fluminense, utilizando sua imagem de pastor para controlar empresas na região.
As investigações revelaram que ele cobrava taxas entre R$ 50 a R$ 100 mil de empresários, se apresentando como mediador de conflitos, enquanto na verdade exercia coerção em nome do tráfico de drogas.
Durante a Operação Refinaria Livre, foram cumpridos mandados de prisão e busca, e embora Cláudio já estivesse preso, o inquérito formalizou sua ligação com a organização criminosa, que planejava lançá-lo como candidato a vereador.
Apresentado durante anos como pastor evangélico e líder comunitário nas áreas próximas à Refinaria Duque de Caxias (REDUC), Cláudio Correia da Silva, de 52 anos, conhecido como Pastor Cláudio, tornou-se uma das figuras centrais de um esquema de extorsão, intimidação empresarial e infiltração criminosa no polo industrial da Baixada Fluminense. Segundo a Polícia Civil, o religioso era o principal articulador da estrutura criada pelo Comando Vermelho para controlar empresas e trabalhadores da região — um braço financeiro do tráfico chefiado por Joab da Conceição Silva, apontado como chefe do crime organizado no bairro.
LEIA TAMBÉM
O nome de Cláudio ganhou projeção nesta quarta-feira, durante a Operação Refinaria Livre, deflagrada pela DRE, DRE-BF e 60ª DP para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra integrantes da organização criminosa. Embora já estivesse preso havia duas semanas, o mandado referente a este inquérito foi formalmente cumprido hoje. Contra ele havia 4 anotações criminais por roubo.
Religioso que pregava cultos e negociava com empresários
De acordo com as investigações, Cláudio usava a imagem de pastor — chegando a realizar cultos e atuar como representante comunitário — para acessar empresas, oferecer suposta mediação de conflitos e impor regras ditadas diretamente pelo tráfico. Em todas essas visitas, apresentava-se como alguém que poderia “resolver problemas”, quando, na prática, exercia papel de coerção. Ele cobrava semanalmente uma taxa que variava entre R$ 50 a R$ 100 mil. Além disso, segundo o delegado, havia uma plano da facção de lançar o pastor Cláudio como vereador.
LEIA MAIS
+Lidas