O pedreiro Maurício Rodrigo da Conceição, de 32 anos, foi baleado na perna direita na noite de sexta-feira e não resistiu aos ferimentos. O disparo, segundo a companheira da vítima, Joselaine Soares, teria sido feito pelo soldado da PM Gustavo Ferreira Evangelista, namorado de sua filha, Daiana Leandra Soares. Maurício teria tentado defender a esposa quando, durante uma briga com a filha, ela foi agredida pelo policial. O suspeito de ter feito os disparos foi ouvido na divisão de homicídios da capital, teve sua arma apreendida e foi liberado. A Corregedoria Geral da Polícia Militar acompanha as investigações do caso, que estão em andamento.
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De acordo com Joselaine, a briga entre ela e Daiana se deu pelo rompimento de uma sociedade entre as duas. Elas eram donas de um restaurante na Rua Alves Montes, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio, próximo de onde aconteceu a confusão.
— Como ela entrou com o dinheiro e eu com o trabalho, ela resolveu desfazer a sociedade. Então, eu falei que levaria somente o que comprei sozinha com o meu dinheiro. Eram poucas coisas, não ia atrapalhar em nada dela levar o restaurante para frente. Eu ia trabalhar somente com delivery na minha casa. Aí, falei com ela e ela concordou — conta Joselaine.
Ainda conforme conta a viúva de Maurício, ao chegar no local com o frete — que contratou para às 22h20 do mesmo dia —, Daiana havia trocado a fechadura do estabelecimento e estaria sentada num trailer em frente ao empreendimento.
— Chamei ela para abrir para mim. Foi quando começamos a brigar com tapas e socos. Quando ele chegou, me deu muitos tapas no rosto. Meu esposo viu e, obviamente não gostou. Então, ele se meteu e levou um tiro na perna direita.
Joselaine afirma ainda que o soldado da PM não pediu socorro para Maurício, assim como Daiana. A vítima só teria sido socorrida após uma moradora da região acionar o Corpo de Bombeiros.
— Demoraram ainda uns 30 minutos. Levaram ele para o Hospital Souza Aguiar, no Centro. Ele chegou ainda com vida, mas não resistiu — lamenta a viúva — Era o homem da minha vida. Que dor, meu Deus! Socorro!
A Polícia Militar informou, por meio de nota, que a 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar, unidade subordinada à Corregedoria Geral da corporação, acompanha o caso, que é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Já a Polícia Civil afirmou que a arma do PM foi apreendida, testemunhas foram ouvidas e câmeras de segurança solicitadas.
O Extra tentou contato com o PM, mas não conseguiu retorno até a publicação da reportagem.
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