Um personal trainer foi preso em Belo Horizonte, suspeito de aplicar golpes em 13 vítimas, incluindo médicas, resultando em um prejuízo estimado de R$ 500 mil. As vítimas relataram que ele não cumpriu os planos de treino contratados e, em alguns casos, passou o cartão de crédito delas várias vezes sem autorização.
As investigações, iniciadas em junho, revelaram que o suspeito abordava as vítimas pelas redes sociais e se apresentava como um profissional de academias, embora não fosse funcionário de nenhuma. Além das médicas, homens e profissionais de outras áreas também foram lesados, com o golpe se estendendo por cerca de um ano.
O investigado, que se manteve em silêncio durante o depoimento, não apresentou provas de ressarcimento às vítimas. A Polícia Civil continua as investigações e pede que outras possíveis vítimas se apresentem, alertando que o prejuízo identificado pode ser apenas a 'ponta do iceberg'.
Um personal trainer foi preso no bairro Nova Suíssa, na região Oeste de Belo Horizonte, nesta quarta-feira (10/12), suspeito de aplicar um golpe em, ao menos, 13 vítimas, incluindo um grupo de médicas, causando um prejuízo estimado em R$ 500 mil. Algumas das alunas do investigado tiveram um relacionamento amoroso com o homem e, após denunciá-lo, passaram a ser perseguidas por ele.
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A investigação começou em junho deste ano, conforme detalha a delegada Bianca Santos Sé. "Uma das vítimas nos procurou relatando que contratou o plano anual e, para a surpresa dela, o investigado não cumpriu o plano, dando desculpas e desmarcando aulas", disse a delegada.
O personal trainer chegou a passar o cartão de crédito desta vítima por três vezes. "Ele ludibriava essa médica dizendo que tinha tido um problema com a máquina e que precisaria cancelar a compra e passar o cartão novamente. Quando a fatura chegou, a médica percebeu que o plano, que custaria R$ 9 mil, na verdade, ficou por R$ 27 mil".
Em um grupo de médicos, a vítima comentou o que havia sofrido e descobriu que outros colegas de profissão também tinham caído no mesmo golpe.
Abordagem nas redes
A delegada Bianca Santos Sé explica que as vítimas não se restringem apenas a médicas. "Identificamos 13 vítimas. Nem todas elas são mulheres e médicas. Também há homens e profissionais de outras áreas. Ele fazia a abordagem pelas redes sociais e, inclusive, chegou a oferecer o plano de personal para uma delegada", relatou Bianca.
O investigado, apesar de usar uma camisa de uma rede de academias de BH, não era funcionário de nenhuma delas. Ele marcava as aulas em diversos locais: algumas em academias de alto padrão, outras de rede e até mesmo na casa da pessoa que viria a ser lesada.
'Ponta do iceberg'
O suspeito foi preso no apartamento onde mora e optou por ficar em silêncio durante o depoimento. "Ele apenas se limitou a dizer que havia feito um acordo com uma das vítimas, porém não apresentou nenhum comprovante de ressarcimento. Todas as vítimas dizem que o prejuízo continua", informou a delegada.
A Polícia Civil estima que o personal trainer vinha aplicando os golpes há cerca de um ano. "Ele ainda não foi indiciado. As investigações estão em andamento. Esse prejuízo de R$ 500 mil é para nós apenas a ponta do iceberg. Fazemos um apelo para que demais vítimas procurem a delegacia para que ele seja responsabilizado por cada golpe e por cada pessoa lesada", pede Bianca.
Relacionamentos amorosos e ameaças
Três vítimas do personal trainer tiveram um relacionamento amoroso com ele. No nome de uma delas, o investigado chegou a fazer um empréstimo no valor de mais de R$ 100 mil.
"Essas três mulheres, após denunciarem o estelionato sofrido, nos procuraram para registrar outra ocorrência, desta vez no âmbito da Lei Maria da Penha, pois passaram a ser perseguidas por ele, e uma delas foi vítima de crime contra o patrimônio", complementou Bianca.
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