A Polícia Federal (PF) investiga um possível esquema de corrupção, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro que teria participação de agentes da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). A operação Forseti, deflagrada na manhã desta terça-feira (28), envolve funcionários lotados na Delegacia de Repressão ao Furto, Roubo e Desvio de Cargas (Depatri), em Belo Horizonte.
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A PF cumpre nove mandados de prisão preventiva e 23 mandados de busca e apreensão nos municípios de Belo Horizonte, Contagem, Nova Lima, Ibirité, Sarzedo, Sete Lagoas e Juiz de Fora.
Além disso, foi determinado bloqueio de valores em 24 contas bancárias e sequestro de 23 imóveis e veículos. A decisão foi expedida pela 2ª Vara de Tóxicos, Organização Criminosas e Lavagem de Dinheiro de Minas Gerais.
Seis policiais foram afastados do trabalho, com auxílio da Corregedoria da PCMG. Os agentes podem responder por tráfico de drogas, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Caso sejam condenados, a pena prevista chega a 37 anos de prisão.
Entenda - Segundo a PF, os policiais civis alvos da operação Forseti são suspeitos de receberem “vultosos valores para esvaziar o procedimento investigativo sobre um indivíduo preso na cidade de Ribeirão das Neves”, na região metropolitana.
O homem foi encontrado com 36 quilos de cocaína em um laboratório de armazenamento e refinamento da droga. A apuração federal mostra que a negociação do grupo criminoso com os policiais civis garantiu a soltura do preso e a devolução dos entorpecentes apreendidos.
“O aprofundamento das investigações revelou, ainda, o envolvimento dos policiais investigados com outros esquemas de corrupção, de tráfico de drogas e de lavagem de dinheiro, nos quais há a utilização de interpostas pessoas, físicas e jurídicas, para ocultação dos valores obtidos como produto dos crimes”, prossegue a PF.
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