Agora está sacramentado: a Band vai tirar o CQC do ar, inicialmente em 2016 para voltar em 2017. Se é que volta. A informação foi confirmada pela coluna de Flavio Ricco e não chega a ser assim uma surpresa. O programa já vinha sofrendo desgaste há algumas temporadas e nestas duas últimas a coisa degringolou de vez.
O CQC perdeu por dois grandes motivos: piadas fraquíssimas e por ter se apegado às celebridades. Rafael Cortez e Marco Luque se especializaram em fazer piadas ruins e sem graça. Cortez, então, foi um exagero nesse sentido. Ele sabia que não estava convencendo e continuava mesmo assim, sem dó do espectador, soltando coisas que ninguém conseguia rir. Não tem quem possa suportar tanta ruindade numa bancada só. Dan Stulbach também não conseguiu segurar a onda de substituir Marcelo Tas. O ator, que deixou a Globo, era apenas correto em sua função e entrar no lugar de Tas realmente era uma batalha complicada. Para ancorar a atração há que ter alguém com muita verve e humor afiadíssimo, o que não se encontra facilmente por aí.
Com o passar do tempo, o CQC também passou a ser menos crítico com celebridades e políticos em geral. O que era ácido no início passou a ser algo brando, sem realmente se tornar incômodo. Virou entretenimento comum. Salvo raras exceções, como é o caso da série de matérias sobre o incidente em Mariana, estas sim muito boas. Nestes últimos tempos, o programa mais gostava de ficar fazendo gracinha com políticos do que realmente afrontá-los.
Do jeito que estava, o CQC era praticamente uma filial do Pânico, fazendo um humor quase descerebrado. Assim, um ano fora do ar pode ser realmente algo benéfico, mas tudo vai depender das mudanças que venham a ser feitas. Já está comprovado que não é mudando repórteres que a coisa vai andar. Isso é apenas um paliativo e faz com que a Band perca gente bacana que nada tem a ver com a queda de audiência e qualidade da atração.
Fica a torcida para que o canal consiga realmente resgatar o espírito inicial e torná-lo relevante novamente.
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