O soldado da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, Gleyson Alex de Araújo Galvão, que deveria estar preso na sede do 4º Batalhão Militar pelo homicídio da advogada Vanessa Ricardo de Medeiros, de 37 anos, em 2013, parece estar cumprindo a decisão judicial de forma diferente, em lugares mais agradáveis.
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Ele tem aparecido em fotos e vídeos tomando banho de piscina em um condomínio de apartamentos na Zona Oeste de Natal, distante mais de 10 quilômetros do Batalhão, de onde ele não poderia sair até seu julgamento.
O militar é acusado de matar a mulher a pauladas, em 2013, dentro de um motel na cidade de Santo Antônio.
As imagens em que ele aparece em momentos de lazer foram obtidas pelo G1 do Rio Grande Norte. O portal repassou o material para o Comando de Policiamento Metropolitano, que prometeu abrir investigação. “Vamos instaurar um Procedimento Administrativo Militar para apurar o que houve”, ressaltou o tenente-coronel Zacarias Mendonça, comandante do CPM, ao confirmar que o soldado só pode deixar o quartel com ordem judicial.
"Isso é um descalabro. E quem, dentro do comando da PM, estiver dando cobertura a essa situação, está cometendo um crime. O governador deve tomar providências imediatas ou se tornará cúmplice desse absurdo", comentou o advogado Emanuel de Holanda Grilo, que defende a família da advogada assassinada.
Gleyson Galvão deveria ter sido julgado em novembro do ano passado, mas o júri foi após o Ministério Público pedir nova avaliação psiquiátrica do policial. O exame de sanidade mental ainda não foi feito.
Os advogados do soldado não foram encontrados.
O caso
Gleyson Araújo, que tem 36 anos, cumpre prisão preventiva. Ele foi preso em flagrante no dia 14 de fevereiro de 2013, momentos após o crime. Funcionários do motel onde a advogada Vanessa Ricarda foi espancada, acionaram a polícia depois que escutaram uma discussão do casal.
No quarto, os policiais encontraram a advogada desacordada e ensanguentada, com o rosto desfigurado. De acordo com a acusação, Gleyson Galvão ficou chateado com o fato de a advogada ter se recusado a fazer sexo com ele na frente de uma outra pessoa.
O acusado foi encontrado na área comum do prédio onde funciona o motel e tinha sinais de embriaguez e manchas de sangue pelo corpo.
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