Polícia Federal apura se ameaça no Pará durante COP30 foi isolada ou movimento de facção

Publicado em 07/11/2025, às 11h38
Sergio Moraes/COP30
Sergio Moraes/COP30

Por CNN Brasil

A Polícia Federal investiga uma ameaça contra a Subestação Belém-Marituba, no Pará, que pode estar ligada ao Comando Vermelho, conforme declaração do diretor-geral Andrei Rodrigues. A situação levanta preocupações sobre a segurança de infraestruturas elétricas na região.

A ameaça foi relatada pela empresa Verene Energia S.A., que recebeu exigências para interromper obras na subestação, supostamente feitas por indivíduos que se identificaram como membros da facção criminosa. A investigação já identificou dois suspeitos que tentaram extorquir a empresa.

A PF instaurou um inquérito e está colaborando com as polícias Civil e Militar do Pará, enquanto o Ministério da Justiça também está envolvido na apuração. A segurança na obra permanece reforçada, e as atividades continuam conforme o planejado.

Resumo gerado por IA

O diretor-geral da PF (Polícia Federal), Andrei Rodrigues, disse à CNN Brasil nesta sexta-feira (7) que só a investigação poderá afirmar se a ameaça contra a Subestação Belém-Marituba, no Pará, uma das principais estruturas elétricas da região da capital do Pará, foi, de fato, do CV (Comando Vermelho).

“Só a investigação poderá apontar se foi um movimento isolado de dois oportunistas, ou algum movimento de facção”, declarou.

Andrei também explicou que a PF instaurou inquérito na última terça-feira (4) sobre o caso e está trabalhando em coordenação com as polícias Civil e Militar do Pará.

A abertura de inquérito se dá após relatório de inteligência do Ministério da Justiça, que foi encaminhado à PF. No documento, a empresa administradora do contrato da subestação, Verene Energia S.A., encaminhou informações ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, em Brasília, relatando atos de coação e ameaças de ataques às obras de implantação de reforço da Subestação 500/230 kV Marituba.

Segundo a empresa, as ameaças foram feitas no dia 30 de outubro, por indivíduo que se identificou como integrante da facção criminosa CV, apresentando exigências explícitas para que as obras no local parassem.

A reportagem apurou que a investigação já sabe que foram dois indivíduos em uma moto que passaram no local e disseram ser da facção carioca e "mandaram" parar a obra (para extorquir a empresa). A obra não parou, e a segurança segue no local, conforme planejado.

Inteligência

O MJSP informou à CNN Brasil que tomou conhecimento dos fatos e de imediato iniciou a apuração e o devido encaminhamento aos órgãos competentes.

Um relatório de inteligência foi produzido pela Diopi (Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência), da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) e enviado para as forças de segurança do Pará, à Polícia Federal, Agência Brasileira de Inteligência e Gabinete de Segurança Institucional (GSI), da Presidência da República.

A PF investigará se a ameaça tem, de fato, ligação com a facção criminosa do Rio de Janeiro.

A ameaça ocorre em meio à cúpula de líderes na COP30, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de dezenas de chefes de Estado.

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