A Polícia Civil investiga a morte do barbeiro Gilsonei Vasconcelos Xavier, de 35 anos, encontrado morto após ter deixado o evento Garota VIP, no Parque Olímpico, Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, no último fim de semana. O corpo dele foi encontrado na tarde desse domingo em um condomínio da Aeronáutica que fica ao lado do local do evento.
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De acordo com informações da família, Gilsonei tinha múltiplas fraturas pelo corpo e morreu por bronco aspiração. Mas o que aconteceu com o barbeiro ainda é um mistério. Na tarde de domingo, a irmã do barbeiro foi informada que o corpo dele tinha sido encontrado. Ela foi até a 16ª PD (Barra da Tijuca) e no local obteve informações e que o irmão teria pulado o muro do evento, caindo na calçada. Entretanto, testemunhas começaram a fazer contato com a família para relatar outra versão.
Frequentadores da festa relataram aos familiares que presenciaram o momento em que Gilsonei foi espancado. As informações são de que o barbeiro esperava uma pessoa na fila do banheiro, e acabou agredido. Depois, foi retirado do local.
“Eu estava saindo do banheiro e vi um rapaz visivelmente alcoolizado, ele parecia estar esperando alguém que estava no banheiro e o segurança estava o conduzindo para fora, ele não reagiu, ele acompanhou o segurança. Quando ele saiu, que estava já na porta do banheiro assim, na porta desse corredor, na entrada, uma moça que estava saindo na minha frente e começou a questionar o rapaz de forma bem incisiva, falando que ele não tinha que estar ali", disse ao g1 a testemunha, que não quis ser identificada.
A mulher ainda relatou como foi a agressão: "Quando eu vi, veio um cara correndo em uma velocidade alta e ele empurra o cara no chão, sem nem saber o que estava acontecendo. E a cabeça do cara faz um barulho absurdo no chão. Na hora que eu vi e ouvi o barulho, eu dei um grito", contou a testemunha.
A mãe da filha mais nova de Gilsonei afirma que a família está revoltada. Segundo a mulher, de 21 anos, que pediu para não ser identificada, todos querem explicações sobre o que ocorreu.
- Como o corpo de uma pessoa aparece no terreno ao lado do evento e ninguém vê? Alguém levou o corpo dele. Um evento desse tamanho e ninguém viu? Queremos explicações – afirma.
Gilsonei trabalhava como barbeiro e também como mototaxista. Ele ainda vedia roupas para complementar a renda. O homem, que morava no Parque Royal, na Ilha do Governador, deixou dois filhos, um menino de quatro anos e uma menina de nove meses.
- Ele era extremamente trabalhador. Sempre fez questão de fazer de tudo para dar o melhor aos filhos. Não poupava esforços. Ela uma pessoa muito especial – lamenta.
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