Polícia ouve testemunhas e deve concluir inquérito de estupro coletivo em Quebrangulo na próxima semana

Publicado em 11/09/2025, às 15h47
Foto: Reprodução/TV Pajuçara
Foto: Reprodução/TV Pajuçara

Por Redação

A Polícia Civil de Alagoas voltou a ouvir testemunhas, nesta quinta-feira (11), do caso do suposto estupro coletivo de uma adolescente de 17 anos, em Quebrangulo, no interior de Alagoas. O crime teria sido registrado no último dia (31).

Entre as testemunhas que prestaram depoimento, está a adolescente que denunciou o crime. Ela já havia sido ouvida pela polícia e prestou um novo depoimento na Delegacia de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO).

"Nós estamos apurando o crime, que ficou conhecido como o estupro coletivo de Quebrangulo. Hoje, o doutor veio aqui para a DRACCO, pois foi necessário fazer algumas diligências e, também, refazer alguns depoimentos, inclusive da própria vítima, e semana que vem estaremos com esse caso esclarecido", disse o delegado Igor Diego, diretor da DRACCO", disse o delegado Igor Diego, diretor da DRACCO.

Já o delegado Marcos Silveira, titular da Delegacia de Quebrangulo, classificou a denúncia do crime como gravíssima e reforçou que o inquérito está sendo finalizado.

"Nós começamos a fazer as investigações desse caso de grande repercussão na semana passada. Hoje, nós estamos quase finalizando os procedimentos nas próximas semana, na quarta ou quinta-feira, teremos uma conclusão de todos os fatos que já foram apurados nessa acusação, que foi gravíssima de crime de estupro, que abalou a nossa cidade", completou.

O CASO 

Traumatizada, sem conseguir ir para escola, e com cicatrizes pelo corpo que foram provocadas por uma violência extrema. Esse é o relato da adolescente de 17 anos, que teria sido vítima de um estupro coletivo ocorrido na cidade de Quebrangulo, no Agreste de Alagoas, no último domingo, 1°.

Em entrevista à reportagem da TV Pajuçara/RECORD, na tarde da última sexta-feira, 5, a adolescente, que também teve que lidar com a publicação do vídeo do crime nas redes sociais, contou como foi atraída para uma casa, onde teria sido abusada sexualmente por quatro homens.

No relato, a vítima, que teria ficado inconsciente durante o crime, disse que estava aproveitando o dia na piscina de um clube, na companhia de outras amigas, quando um conhecido dela, funcionário da escola onde ela estudava, convidou o grupo de amigas para comer uma pizza. 

"A única coisa que eu me recordo é de ter chegado ao clube e ter encontrado esse cara, esse funcionário da escola, que nos convidou para comer uma pizza e para beber alguma coisa na casa dele. Eu me recordo que a gente foi para a casa dele. As minhas amigas foram mais cedo para a casa delas e eu fiquei lá".

E a única coisa que eu venho me recordar é que eu estava com ele na casa, quando chegaram outras pessoas. Um deles é o abusador do vídeo [que foi divulgado em uma rede social] e o outro, que eu me recordo, é o que me bateu. Mas chegaram outras pessoas, além desses dois, que estavam com ele, só que eu não me lembro, não consigo me recordar. A única coisa que eu me recordo é esse, do vídeo, e o que chegou a me bater", conta a vítima. 

A adolescente conta que teria se recusado a ter relação sexual com os suspeitos, mas que um deles a teria agredido fisicamente. A vítima apresentava diversos hematomas após o crime. 

A vítima, que teria ficado inconsciente durante os abusos, conta que acordou no sofá da casa para onde foi levada. Ao chegar na casa da mãe, ela ficou sabendo que um vídeo dela sendo violentada estava circulando em uma rede social. 

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