Polícia

Porsche apreendido em operação do Ministério Público de AL ainda está no nome de Daniel Alves; saiba o valor

Paulo Victor Malta | 16/05/24 - 11h57
Porsche foi apreendida em Petrolina | Divulgação / Ministério Público

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) informou que o Porsche apreendida com o líder de uma organização criminosa em Petrolina, no interior de Pernambuco, nesta quinta-feira, 16, ainda está em nome do ex-jogador Daniel Alves. A documentação do carro de luxo, que estava em posse do suspeito, ainda não tinha sido transferida para titularidade dele.

Segundo o MPAL, o automóvel é um Porsche Carrera 911, ano 2021, avaliado em R$ 828 mil. Os cinco indivíduos presos na Operação de hoje integravam uma quadrilha especializada em burlar concurso público através de crimes como a venda de facilidades aos gestores públicos, a exemplo de funcionários fantasmas e lotação por indicações. Eles foram presos em Alagoas e Pernambuco, mas não tiveram os nomes revelados. 

Os mandados de prisão foram cumpridos em:

  • Maceió (AL) - 1
  • Japaratinga (AL) - 1
  • Petrolina (PE) - 3

De acordo com o MP, a quadrilha utilizava uma pseudo cooperativa de prestação de serviços, com sede no bairro da Jatiúca, em Maceió, para firmar contratos milionários. Ao todo, foram assinados 20 acordos com municípios do estado de Alagoas. Entre outubro de 2020 e março de 2023, o grupo movimentou cerca de R$ 243 milhões. 

O Ministério Público começou as investigações ainda em março de 2023. No último dia 9 de maio, a 17ª Vara Criminal da Capital acatou o pedido do MP e suspendeu imediatamente a execução dos contratos para estancar o rombo aos cofres públicos.

Foram descobertos contratos firmados nos municípios de Cajueiro, Quebrangulo, Porto de Pedras, Feira Grande, Pindoba, Carneiros, Olho d’Água das Flores, Mar Vermelho, Porto Real do Colégio, Pão de Açúcar, Estrela de Alagoas, Tanque d’Arca, Porto Calvo, Taquarana, Poço das Trincheiras, São Luís do Quitunde, Limoeiro de Anadia, Senador Rui Palmeira, Chã Preta e Flexeiras. 

Os contratos eram firmados por meio de licitações por “carona”,  isto é, através de atas de adesão ao registro de preço - modalidade licitatória que facilita a contratação.