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O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pediu neste sábado (16) a extradição do clérigo e magnata muçulmano Fethullah Gülen, acusado de estar por trás da tentativa de golpe militar da última sexta-feira (15). O imã vive em exílio voluntário na Pensilvânia, nos Estados Unidos.
Poucas horas antes, o órgão de controle de magistrados e procuradores removeu do cargo 2.745 juízes de todo o país, incluindo um membro da Corte Constitucional, Alparslan Altan. Segundo a agência estatal "Anadolu", a decisão tem como objetivo adotar medidas disciplinares contra os suspeitos de ligação com Gülen.
Ele lidera um movimento homônimo — também conhecido como "Hizmet" ("Serviço", em turco) - que se diz laico, mas prega uma versão moderada do Islamismo. Segundo Erdogan, seus membros estão infiltrados em todos os aparatos do Estado.
O clérigo apoiou o presidente até 2013, mas a aliança foi rompida após o governo ter fechado diversas escolas gülenistas na Turquia. Gülen, que vive em exílio voluntário nos Estados Unidos, nega "categoricamente" qualquer participação no golpe.
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