A proposta de implantação da idade mínima de 65 anos para a aposentadoria por tempo de contribuição para homens e mulheres não foi bem recebida entre as centrais sindicais. Força e UGT (União Geral dos Trabalhadores) são contra. A CUT (Central Única do Trabalhadores) quer discutir a proposta para chegar a uma alternativa.
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O governo quer a idade mínima para reduzir os gastos públicos com os benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O ministro Nelson Barbosa, da Fazenda, conversou com investidores nacionais e internacionais e prometeu apresentar um projeto de mudanças nas regras de aposentadoria ainda em 2016.
O ministro do Planejamento, Valdir Simão, ex-presidente do INSS, também destacou como prioridade mudanças na aposentadoria. Atualmente, o trabalhador brasileiro atinge o tempo mínimo exigido para se aposentar aos 53 anos de idade, em média. Para a mulher é preciso ter 30 anos de contribuição e para o homem 35 anos. Porém, segundo o argumento do governo, a expectativa de vida está aumentando muito rápido e o tempo contribuído não corresponde ao tempo de gozo do benefício. A expectativa de vida de brasileiro está em 75,2 anos, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Para parte das centrais sindicais, no entanto, o desequilíbrio nas contas da Previdência é usado como desculpa pelo governo para retirar direitos trabalhistas. "Causou-nos estranheza o anúncio do governo sobre a idade mínima, apenas para mostrar ao mercado que realmente vai buscar o equilíbrio fiscal. Repudiamos essas reformas feitas na calada da noite", disse Miguel Torres, presidente da Força Sindical.
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