Queda de avião em Alagoas: família de piloto australiano morto procura o IML

Publicado em 26/09/2025, às 16h25
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Por Redação

A família do piloto australiano Timothy J. Clark, de 46 anos, que morreu na queda de um avião carregado de cocaína em Coruripe, já entrou em contato com o Instituto Médico Legal (IML) de Alagoas para liberar o corpo. O acidente aconteceu no último dia 14.

Até então, o corpo permanecia sem ser reclamado e, caso completasse 30 dias no IML, poderia ser sepultado como indigente.

Agora, os familiares aguardam a conclusão dos trâmites legais para o traslado.

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FAMÍLIA DESCOBRIU MORTE ATRAVÉS DA IMPRENSA

O pai do piloto, Ray Clark, que vive na região de Melbourne, na Austrália, contou que só soube da morte do filho por meio de um jornal britânico, que o procurou para confirmar a identidade da vítima. Em choque, ele afirmou acreditar que Timothy estava vivo e morando na África do Sul.

"Tenho um filho chamado Tim, mas ele está na África do Sul. Ele tem licença de piloto, mas não voa. Ele só tem licença de aprendiz", disse Ray. "Eu não sabia de nada. Imaginei que as autoridades me informariam. Provavelmente há muitos Tim Clarks por aí", completou.

A identidade foi confirmada a partir de documentos encontrados entre os destroços, incluindo uma carteira de motorista australiana com o endereço do pai e cartões de clubes sul-africanos.

A QUEDA DO AVIÃO

A aeronave caiu por volta das 13h30, em uma área de vegetação de Coruripe. No local, foram apreendidos cerca de 200 quilos de cocaína, além de alimentos importados e equipamentos improvisados para reabastecimento em voo, sugerindo que o avião estava preparado para longas distâncias sem escalas.

Timothy Clark era conhecido no mercado financeiro australiano e chegou a atuar como diretor e secretário de empresas de investimento, algumas ainda registradas, como a Stock Assist Group Pty Ltd e a Bluenergy Asia Pty Ltd.

O Departamento de Relações Exteriores e Comércio da Austrália confirmou estar ciente da morte de um cidadão no Brasil. Em nota, informou que a embaixada australiana em Brasília mantém contato com as autoridades brasileiras, mas não respondeu se já havia notificado oficialmente a família.

O caso segue sob investigação da Polícia Federal, que apura tráfico internacional de drogas. A origem e o destino do voo não foram identificados, e não havia registro oficial do plano de voo no Brasil.

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