Sequestro e fogo ateado ao corpo, roubo e assassinato: motoristas por app são vítimas de onda de crimes

Publicado em 16/07/2025, às 09h59
Reprodução/TV Pajuçara e Cortesia
Reprodução/TV Pajuçara e Cortesia

por Pedro Acioli*

Publicado em 16/07/2025, às 09h59

Sequestro e fogo ateado ao corpo; carro roubado; assassinato dentro de veículo. Esses três casos citados de violência ocorreram contra motoristas de aplicativo e foram registrados em um intervalo de apenas quatro dias, em Maceió e na Região Metropolitana. 

O caso mais recente foi o assassinato de Elisberto dos Santos Silva, de 30 anos, nessa terça-feira (15), no Conjunto Jarbas Oiticica, no município de Rio Largo, na Região Metropolitana de Maceió. 

A vítima foi encontrada morta dentro do automóvel. O homem teria sido atingido pelos disparos, e na sequência, teria batido contra um poste. A motivação e a autoria do crime seguem desconhecidas. 

Assalto contra motorista

Na noite de segunda-feira (14), uma motorista de aplicativo foi assaltada quando estava na porta de casa, no bairro de Jacarecica, em Maceió. Ela estava retirando itens do carro, quando foi rendida pelos criminosos e teve o veículo levado. 

Um vizinho presenciou o assalto e acionou outro vizinho, um militar, e ambos perseguiram os criminosos. Durante a perseguição, o carro da mulher foi abandonado pelos bandidos, no Trapiche da Barra.

Queimado vivo

Outro caso chocante foi o de Josivaldo dos Santos, que teve o corpo queimado durante um sequestro, no último sábado (12). Ele viveu minutos aterrorizantes após ser rendido por criminosos no bairro Benedito Bentes, em Maceió. O motorista foi levado a um canavial e conseguiu escapar dos bandidos, mas o crime deixou marcas de queimaduras.

A vítima relatou aos policiais que tinha parado o veículo em um ponto de ônibus no Conjunto Aprígio Vilela, quando foi abordada por três homens desconhecidos. Ele contou que os bandidos colocaram uma fenda nos olhos dele e iniciaram o sequestro.

Ainda segundo Josivaldo, os sequestradores fizeram uma parada de 3 a 5 minutos durante o percurso, porém ele não conseguiu identificar o local. Depois desse tempo, os criminosos seguiram novamente com o veículo da vítima. "Eu pedi para me deixar e levar só o carro, mas não teve conversa. Aí me levaram para um canavial. Num momento, deu pra perceber que o carro atolou e eles desceram. Aí foi a hora que tiraram a venda do meu rosto e jogaram o produto inflamável em mim", explicou.

Quem quiser oferecer uma ajuda para Josivaldo com alguma quantia em dinheiro para auxiliá-lo tanto no tratamento quanto para garantir a renda mensal, já que ele estará impossibilitado por um tempo de voltar ao trabalho, pode fazer transferência para a chave Pix 82988278934 (Josivaldo dos Santos).

Até o momento, não há registro de prisão pelos crimes. 

*Estagiário sob supervisão

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