Rapper mexicano confessa ter dissolvido corpos de estudantes em ácido

O rapper Christian Omar N, mais conhecido como o rapper "QBA", foi o responsável por dissolver em ácido os corpos de três estudantes de cinema assassinados pelo cartel Jalisco Nova Geração, grupo criminoso com atuação no estado de Jalisco, no oeste do México.

Javier Solomon Aceves Gastelum, de 25 anos, Jesus Daniel Diaz, 20 anos, e Marco Francisco Garcia Avalos, 20 anos, desapareceram no dia 19 de março, após gravarem um curta-metragem em uma casa na cidade de Tonalá, também em Jalisco.

Na volta, o carro dos estudantes quebrou, eles pararam para consertar e foram rendidos por ocupantes de duas vans, armados com fuzis. Eram os integrantes do cartel Jalisco Nova Geração, que pensavam que as vítimas faziam parte do grupo rival. Isso ocorreu porque o local da gravação do filme era esconderijo do outro grupo, o cartel Nueva Plaza.

O rapper admitiu em depoimento ao Ministério Público que participou de seis homicídios, incluindo os três estudantes.

Ele disse recebia 3 mil pesos por semana (555 reais) para trabalhar para o grupo criminoso. As autoridades mexicanas afirmam que os vídeos publicados pelo rapper no Youtube também são alvo de investigação. Eles contêm letras em tom de violência.

Perícia tenta identificar vestígios dos corpos

Os responsáveis pela investigação pretendem obter nos próximos dias os resultados dos exames feitos por peritos em materiais encontrados em tanques de água na casa da colônia Rancho de la Cruz, em Tonalá, onde os crimes teriam sido praticados. O objetivo é confirmar cientificamente se no local estão os corpos dos três alunos ou não.

Os envolvidos nos crimes disseram que na casa da rua Amapola, em Rancho Colonia de la Cruz, foram assassinadas seis pessoas, ou seja, os três estudantes e outras três pessoas, em momentos diferentes.

No entanto, a perícia encontrou 20 perfis genéticos diferentes em locais da fazenda, e não descarta a possibilidade de que 20 seja também o número de vítimas.

A investigação quer saber ainda onde os criminosos compraram os ácidos que usaram para dissolver os corpos.