Dois jornalistas do Paraná foram detidos e tiveram os equipamentos apreendidos pela Polícia Militar (PM) durante o jogo entre Criciúma e Paraná, nessa terça (19), no estádio Heriberto Hulse. O caso aconteceu nos minutos finais da partida.
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Foram detidos o repórter da Transamérica, Jairo Silva Junior, e o assessor de imprensa do Paraná Clube, Irapitan Costa. Jairo narrou, inclusive, sua 'prisão' ao vivo enquanto estava no ar na rádio. O jornalista filmou uma abordagem supostamente truculenta da PM com o assessor de imprensa e acabou tendo o telefone apreendido. Confira o áudio da narração do jogo, no momento em que a polícia chega até o repórter:
Enquanto estava no ar, Jairo tentou conseguir explicações do que estava acontecendo, mas foi encaminhado a uma sala separada no estádio. A confusão teria começado com o diretor de futebol do Paraná Clube, e quanto Irapitan Costa tentou interferir, foi detido. Os dois foram liberados pela PM por volta das 22 horas, mas os policiais continuaram com os telefones celulares dos dois profissionais.
De acordo com a família do jornalista, a PM catarinense justificou que há uma lei estadual que proíbe filmagem de ações policiais. A justificativa entra em choque com o artigo 220 da Constituição Federal, já que o repórter estava identificado e se apresentou como jornalista.
A Polícia Militar emitiu nota sobre o assunto:
Durante a noite do dia 19.11.2019, no Estádio Heriberto Hülse, durante partida entre Criciúma X Paraná, um supervisor da CFB solicitou apoio da Policia Militar para auxiliar na retirada de um membro da comissão técnica do Paraná Clube que estaria em local proibido. Realizada a intervenção, o membro da comissão técnica negou-se a sair do local, mesmo após pedidos do supervisor CBF, tumultuando os trabalhos no local. Assim, contra ele foi confeccionado um Termo Circunstanciado.
Ainda na mesma ocorrência, um jornalista, mesmo ciente de que não poderia realizar filmagens no interior do Estádio, passou a realizar imagens, sendo este fato também apontado pelo supervisor da CBF como irregular.
Os celulares dos envolvidos foram apreendidos no Termo Circunstanciado, os quais servirão futuramente como meio de prova, por conta das imagens neles arquivadas.
Após lavrado o Termo Circunstanciado, os envolvidos foram liberados no local.
Após ser liberado, Jairo falou sobre o assunto nas redes sociais:
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