Residencial atingido por incêndio havia sido notificado para atualizar itens de prevenção, diz Bombeiros

Publicado em 13/04/2023, às 11h42
Theo Chaves/TNH1
Theo Chaves/TNH1

Por TNH1

Em coletiva à imprensa, na manhã desta quinta-feira, 13, o Corpo de Bombeiros informou que o residencial onde aconteceu o incêndio que matou três moradores e destruiu um apartamento havia sido notificado em setembro de 2022 para atualizar as informações, junto à corporação, sobre os equipamentos de prevenção a incêndios. A última vistoria tinha acontecido há cerca de um ano.

"O residencial foi notificado em setembro do ano passado, porque não tinha atualizado sobre as questões de segurança. Mas não tinham responsáveis que pudessem receber essa notificação, como síndicos, ou outros representantes, e por isso não foi entregue a notificação. A vistoria havia sido feita há cerca de ano", disse o coronel Clemens Barbosa, comandante da corporação.

O bombeiro militar explicou também que ainda não há outro elemento suspeito sobre a causa do incêndio até o momento, e a perícia tem o prazo de um mês para passar o relatório técnico à polícia. Como já havia destacado antes, o Corpo de Bombeiros descartou a hipótese de vazamento de gás, visto que a mangueira e o botijão foram encontrados intactos.

"A perícia tem prazo de 30 dias para entregar o laudo para a polícia, e não há outra suspeita até o momento. A mangueira e o botijão de gás estavam intactos, por isso foi descartado o vazamento de gás. Como havia papelão, plástico e muita roupa dentro de residência, isso pode ter potencializado. Já que foi muito material combustível", destacou o comandante.

Coronel Clemens Barbosa, comandante do Corpo de Bombeiros / Foto: João Victor Souza/TNH1

"As portas estavam com grades e trancadas, e isso dificultou o trabalho dos bombeiros. As mangueiras dos hidrantes encontradas cortadas seriam usadas a princípio pelos moradores para o primeiro combate, o que não foi feito devido à situação do material. Só os bombeiros, quando chegaram, fizeram esse primeiro combate", continuou.

Ainda segundo Clemens Barbosa, os extintores foram encontrados no prédio, mas não foram testados para saber se estavam em funcionamento. O comandante do Bombeiros reforçou que o condomínio tem responsabilidade para montar uma brigada de incêndio para os ensinamentos aos moradores para que eles possam lidar com emergências.

Danos não comprometeram estrutura de prédio - A Defesa Civil Municipal esteve no residencial por dois dias e confirmou que a interdição não foi necessária, pois o incêndio não comprometeu a estrutura do prédio. Ainda segundo o órgão municipal, havia um vazamento de água da tubulação que passa pelo apartamento incendiado e foi preciso o fechamento do registro. 

Cerca de 24 horas depois da tragédia, a equipe da Defesa Civil encontrou pisos de cerâmica trincados e paredes "inchadas" por causa do calor. Mas as pequenas edificações não resultaram em medidas de isolamento.

Os moradores que haviam recebido a recomendação de não dormir no local já puderam retornar às residências, um dia depois do incêndio.

O TNH1 entrou em contato com a construtora responsável pelo Residencial Vale Bentes II, que disse que após a entrega dos apartamentos, a responsabilidade fica a cargo da administração do condomínio. 

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