Saiba quem estava na casa no momento da prisão de Bolsonaro

Publicado em 23/11/2025, às 15h45
Foto: Reprodução/STF
Foto: Reprodução/STF

Por CNN Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro relatou um surto medicamentoso durante audiência de custódia, onde danificou sua tornozeleira eletrônica, negando intenção de fuga e afirmando que estava acompanhado por familiares no momento do incidente.

Bolsonaro, que está em tratamento para ansiedade e outros problemas de saúde, afirmou que os efeitos dos medicamentos contribuíram para seu comportamento, incluindo alucinações e insônia, o que o deixou ansioso e abatido após a prisão.

A prisão preventiva de Bolsonaro foi mantida após a audiência, com a análise do caso sob responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes, que não participou da sessão.

Resumo gerado por IA

Em audiência de custódia realizada neste domingo (23), o ex-presidente Jair Bolsonaro relatou ter sofrido um surto medicamentoso que o levou a danificar sua tornozeleira eletrônica. Durante o depoimento, que durou entre 30 e 40 minutos, Bolsonaro negou qualquer intenção de fuga e disse que, no momento que queimou a tornozeleira e quando foi preso, encontravam-se em sua residência sua filha Laura, um assessor e seu irmão mais velho.

De acordo com informações obtidas pelo analista da CNN Gustavo Uribe junto a investigadores, Bolsonaro afirmou que o incidente ocorreu por volta da meia-noite, quando começou a manipular o equipamento com um ferro de solda, e que todos na casa estavam dormindo.

Estado emocional e medicamentos


Bolsonaro declarou estar fazendo uso de medicamentos para tratar crises de ansiedade, tosse recorrente e enjoos. Ele atribuiu seu comportamento aos efeitos desses medicamentos, que estaria tomando há quatro dias, afirmando nunca ter apresentado quadros similares antes do início do tratamento.

Ainda de acordo com apuração de Gustavo Uribe, Bolsonaro demonstrou estar ansioso e abatido após a prisão. Durante toda a manhã deste domingo (23), permaneceu em pé, caminhando de um lado para outro na sala onde está detido, que conta com televisão, ar-condicionado, banheiro e armário.

Durante o depoimento, Bolsonaro também mencionou sofrer de insônia, relatando ter um "sono picado" com frequentes interrupções durante a noite. Ele alegou ter tido alucinações, acreditando que havia escutas instaladas na tornozeleira eletrônica.

A prisão preventiva foi mantida após a audiência de custódia, uma vez que o ministro Alexandre de Moraes não participou da sessão. A análise do caso permanece sob responsabilidade do magistrado.

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