Seis policiais militares são indiciados por tortura e morte de homem em Santana do Ipanema

Publicado em 13/10/2025, às 16h48
Rogério Almir Santos de Lima e a esposa - Foto: Arquivo Pessoal
Rogério Almir Santos de Lima e a esposa - Foto: Arquivo Pessoal

Por Redação

A Polícia Civil de Alagoas indiciou seis policiais militares pela morte de Rogério Almir Santos de Lima, de 32 anos, em Santana do Ipanema, no Sertão de Alagoas. O caso foi registrado em Julho deste ano.

Os PMs José Jeferson Pereira de Andrade, Lucas Cruz de Andrade , Pablo Victor de Oliveira Souza, Ulisses Souza Freire de Lima, Renan Vitor da Silva, John Felipe Rocha pelos crime de tortura com resultado de morte. 

As investigações apontaram que Rogério foi vítima de agressões físicas e psicológicas, que teriam ocorrido dentro de uma residência onde ele foi abordado. Segundo o inquérito, os policiais teriam usado violência com o objetivo de obter informações

O Laudo de Exame Cadavérico, emitido por perito do Instito Médico Legal (IML), também concluiu que a vítima faleceu em decorrência de asfixia mecânica por sufocação com o próprio sangue.

O inquérito ainda aponta que, antes de morrer, Rogério foi levado por policiais à unidade hospitalar, sob relato de que teria sofrido queda de calçada durante tentativa de fuga.  

A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos policiais, que respondem ao inquérito em liberdade, mas o espaço segue aberto para o posicionamento dos PMs indiciados. 

O TNH1 também entrou em contato com a assessoria de comunicação da PM e aguarda posicionamento para incluir na matéria.

MORTE E TORTURA

A morte de Rogério ganhou repercussão após a esposa dele, identificada apenas como Arielle, usou as redes sociais para denunciar que o marido teria sido torturado e morto dentro de casa por homens que se identificaram como policiais militares.entro de uma residência onde as vítimas foram abordadas.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, a esposa, aos prantos, lamentou a morte do companheiro, alegando que o homem recebeu choques e pancadas. O laudo do IML (Instituto Médico Legal) apontou que a causa da morte foi por espancamento. “Meu marido morreu de pancada, morreu sem ter sido pego com nada, não estava armado, não estava com drogas. Eu quero saber que justiça é essa”, declarou.

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