Polícia

Sequestro em Satuba: após quase dois meses, famílias protestam e cobram respostas da polícia

Edvan Moreira e o taxista, identificado apenas como Alex, foram sequestrados em Satuba no dia 1º de outubro

TNH1 | 29/11/23 - 11h25
Cortesia ao TNH1

Os familiares de Edvan Moreira e do taxista, identificado apenas como Alex, sequestrados em Satuba no dia 1º de outubro, tocaram fogo em pneus e bloquearam um trecho da Rua General Hermes, no bairro Bom Parto, em Maceió, para cobrar providências das autoridades policiais que investigam o caso. 

O sequestro ganhou repercussão no último mês e, até o momento, nenhuma das vítimas foi encontrada. Eles estavam dentro da residência de Edvan em um condomínio de Satuba, quando o local foi invadido por criminosos, que se passaram por policiais e os renderam. Dentro do imóvel, ainda estava presente a esposa de Edvan.

Após revista, os suspeitos insistiram que lhe dissessem onde estavam armas e drogas. “Como não encontraram nada, os criminosos prenderam a mulher dentro de um quarto e sequestraram as outras duas vítimas", disse o delegado Igor Diego, à época do sequestro.

(Crédito: Montagem TNH1)

O que diz a polícia? O TNH1 entrou em contato com o delegado Sidney, do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) da Polícia Civil, para averiguar se houve alguma atualização sobre um possível local do cativeiro e dos paradeiros dos criminosos. 

À reportagem, o delegado disse que aguarda determinações judiciais, como informações de provedores e de empresas de internet. Enquanto isso, a Polícia Civil segue em diligências para localizá-los.

Câmera de segurança flagrou a entrada dos suspeitos no condomínio - Imagens de câmeras de segurança, que ficam em frente à entrada do condomínio onde o crime aconteceu, flagraram a ação dos criminosos. Nas imagens (veja abaixo), dois motoristas de veículos brancos aproveitam o momento em que um morador entra no condomínio e conseguem ter acesso ao local. Em seguida, eles vão diretamente à residência onde as vítimas estavam.

Taxista já foi preso com arsenal de armas - De acordo com a Polícia Civil, o taxista de 45 anos teve uma passagem pela prisão no ano de 2021. Segundo o delegado Igor Diego, à época do crime, o taxista, juntamente com outros indivíduos, foram presos em posse de um arsenal de armas, munições e carregadores. 

"Inicialmente, fizemos uma busca pelo nome do taxista, porém não encontramos nada. Fizemos um nova busca, onde foi encontrada uma passagem dele pela polícia no ano de 2012, quando esse taxista foi preso, juntamente com outras pessoas, em posse de um verdadeiro arsenal de armas, munições e carregadores", disse Igor Diego. 

Outra vítima responde por crime de homicídio - Ainda segundo o delegado, a vítima identificada como Edvan tem diversas passagens pela polícia e responde por um crime de homicídio. Edvan estava em liberdade e era monitorado por tornozeleira eletrônica, porém o item de segurança havia sido violado.

"O homem de 33 anos tem diversas passagens. Esse homem estava respondendo a um crime de homicídio e usava tornozeleira eletrônica, porém essa ela havia sido rompido pela vítima há cerca de 30 dias", completou Diego.