atualizada às 11h36
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Servidores do PAM Salgadinho realizaram um protesto na manhã desta sexta-feira (29), na Praça Deodoro, no centro de Maceió, contra o fechamento temporário da unidade de saúde.
De acordo com o diretor financeiro do Sindicato dos Servidores em Seguridade Social (Sindprev), Cícero Lourenço, a categoria quer evitar o fechamento do posto, e cobram a realização de vistorias nos demais 68 postos de saúde do município, onde alegam faltar boas condições de trabalho.
Na última terça-feira (26), o secretário municipal de Saúde, José Thomaz Nonô, afirmou que o fechamento do PAM Salgadinho foi uma medida tomada após a interdição ética do prédio pelo Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal) e por conta das obras de reforma no local.
Com o fechamento, os 122 médicos do PAM e todos os demais servidores serão redistribuídos para os outros 68 postos de saúde do município, de acordo com a demanda de cada unidade.
Reunião no Tribunal de Justiça
No final da manhã de hoje, os servidores se reuniram com o desembargador Tutmés Airan para tentar uma solução para evitar o fechamento total da unidade de saúde. Ele explicou que os servidores temem que a unidade não reabra após o fechamento, mas afirma que se antecipou para adiantar uma solução para o problema.
“Eles estão preocupados com o fechamento do PAM, para evitar o que aconteceu em outras gestões com o Posto da Maravilha, que fechou para uma reforma e só reabriu após sete anos, mas nesse caso é diferente. Ontem, eu me antecipei e conversei com o secretário que disse que há recurso para a reforma, que já está em andamento e que em março ou abril ele reabre com três bloco prontos”, afirmou o desembargador.
Ainda de acordo com o magistrado, o Cremal determinou o fechamento ético da unidade, porém o atendimento aos pacientes do bloco de Doenças Sexualmente Transmissíveis/Aids (DST/Aids) precisa ser mantido.
“Encontramos uma solução para manutenção do bloco do DST Aids, aí passa pelo CRM, que decretou a interdição ética. Eles [o conselho] teriam que autorizar a categoria a trabalhar no Bloco I. É o caminho mais razoável, já que nesse bloco, ainda que precise de reforma, seriam apenas reformas pontuais, e daria para fazer com o pessoal trabalhando”, concluiu.
A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da assessoria de comunicação, enviou uma nota onde afirma que o fechamento do PAM Salgadinho se deu após o fechamento ético da unidade promovido pelo Cremal. Confira a nota na íntegra abaixo.
"A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reafirma que a decisão de fechar o PAM Salgadinho é consequência da interdição ética decidida pelo Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal).
De acordo com o Conselho, a unidade não oferece condições para que os médicos trabalhem no local. A gestão da SMS avalia que se não oferece condições para os médicos, também não há condições para os demais servidores e a população. A interdição proíbe que os médicos trabalhem no local, inviabilizando assim, o funcionamento do posto. Para assegurar o atendimento, médicos e servidores do PAM serão realocados em outras unidades.
Com a conclusão das obras nos três primeiros blocos (A, B e C), médicos e servidores retornarão ao PAM. A previsão é que as obras no Bloco A sejam concluídas ainda em fevereiro e os outros dois blocos entregues, após os serviços de reparo em telhado, rede elétrica, banheiros e mobiliário, no mês seguinte, em março."
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