Sete presos em operação contra roubo a banco são criminosos já condenados

Publicado em 16/03/2017, às 12h24

Por Redação

A operação “Divisas”, desencadeada na manhã desta quinta-feira (15), pela Polícia Federal (PF) nos estados de Alagoas e Pernambuco, terminou com a prisão de oito pessoas e na apreensão de materiais que seriam utilizados em roubos a bancos e explosão de caixas eletrônicos nos dois estados. Entre os presos, sete já haviam sido presos e condenados por outros crimes, entre eles homicídios.

De acordo com o delegado Bernardo Gonçalves, superintendente da PF em Alagoas, que concedeu entrevista ao repórter Henrique Pereira, para a Record News, sete dos oito presos já foram julgados e condenados, mas estavam em liberdade cometendo outros crimes.

“Dos oito presos, sete foram condenados pela justiça. Um deles foi preso por homicídio, em 2005. Ele foi condenado a 31 anos e estava solto. Outro preso na operação de hoje foi preso em 2008, por roubo a bancos, e solto em 2016, para ser preso de novo e pelo mesmo crime. O que temos que pensar é se daqui a oito anos estaremos prendendo esses mesmos criminosos depois de serem soltos mais uma vez”, declarou, em tom de desabafo.

Entre os presos está Flávio Roberto Nunes, conhecido como “Flávio Galego”, apontado pela PF como o líder do bando que é responsável pelo assalto, com uso de explosivos, à agência do Banco do Brasil, em Colônia Leopoldina, Alagoas, em outubro de 2016.

O grupo é apontado ainda como autor do assalto e explosão da agência do Banco do Brasil, em Rio Formoso, Pernambuco, em setembro de 2016, do roubo à mão armada na casa do chefe de Gabinete do Prefeito de Ipojuca, em setembro do ano passado e no roubo a um posto de combustível em Sirinhaém em novembro de 2016.

O superintendente da PF de Alagoas disse ainda que a operação conjunta foi realizada em parceria com a Superintendência da Polícia Federal de Pernambuco e da Polícia Civil daquele estado.

A investigação que terminou na operação de hoje começou no ano passado, após a polícia identificar os homens que teriam participado do assalto ao Banco do Brasil de Colônia Leopoldina, quando os assaltantes teriam derrubado uma árvore, para impedir a perseguição da polícia e atirado contra o posto policial da cidade.

Explosivos

O delegado Bernardo Gonçalves disse ainda que a PF investiga de onde vêm os explosivos usados pelas quadrilhas que assaltam bancos em Alagoas e Pernambuco, mas que há suspeita de que funcionários de pedreiras estejam desviando o material para os crimes.

“Esse tipo de explosivo vem de pedreiras ou de obras de pavimentação de rodovias e pode estar sendo roubado ou desviado por funcionários desses empreendimentos, mas estamos investigando isso também”, concluiu.

Operação Divisas

A operação “Divisas” faz referência a uma organização criminosa paulista que estaria atuando em Alagoas e Pernambuco. Ao todo foram cumpridos 16 mandados, sendo oito de busca e apreensão e oito de prisão preventiva. Dois deles, em Novo Lino, em Alagoas. Os demais mandados foram cumpridos em Sirinhaém, em Ribeirão e em Amaraji. Há ainda uma condução coercitiva em Ipojuca.

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