'Surpresa e indignação', diz defesa de Bolsonaro após operação

Publicado em 18/07/2025, às 09h35
Ton Molina/STF
Ton Molina/STF

Por Uol

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) reagiu hoje à operação da Polícia Federal contra o ex-presidente.

O que aconteceu

Advogados do ex-presidente disseram que receberam a operação "com surpresa e indignação", porque sempre cumpriram todas as determinações da Justiça. Eles disseram que irão falar mais quando conhecerem a decisão judicial — a operação de hoje faz parte de uma ação sigilosa.

Bolsonaro é alvo de operação da PF nesta manhã. Agentes cumpriram mandados de busca e apreensão na sede do PL e nas casas do ex-presidente em Brasília e no Rio.

Ex-presidente será monitorado por tornozeleira e não poderá sair de casa das 19h às 7h, nem aos fins de semana. Além disso, está proibido de contatar embaixadores ou de se aproximar de embaixadas.

"A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu com surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas contra ele, que até o presente momento sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário. A defesa irá se manifestar oportunamente, após conhecer a decisão judicial." Advogados de Jair Bolsonaro após operação

Bolsonaro já disse ao UOL que não descartava pedir refúgio em embaixada

Em entrevista às colunistas do UOL Letícia Casado e Raquel Landim, Bolsonaro falou que poderia fazer isso se tivesse a prisão decretada ao final da ação da trama golpista. "Embaixada, pelo que eu vejo a história do mundo, né, quem se vê perseguido pode ir para lá", falou ele em novembro passado.

Em fevereiro de 2024, Bolsonaro ficou na embaixada da Hungria em Brasília. Em 8 de fevereiro, a PF apreendeu o passaporte de Bolsonaro, e o premiê de extrema direita húngaro, Viktor Orban, publicou uma mensagem de solidariedade a ele nas redes sociais. Na mesma semana, no dia 12, Bolsonaro foi à embaixada acompanhado de seguranças e passou dois dias no local.

PL diz que medidas são desproporcionais

Em nota, o presidente do partido de Bolsonaro, Valdemar da Costa Neto, manifestou "estranheza e repúdio". "Se o presidente Bolsonaro sempre esteve à disposição das autoridades, o que justifica uma atitude dessa?", questionou.

"O PL considera a medida determinada pelo Supremo Tribunal Federal desproporcional, sobretudo pela ausência de qualquer resistência ou negativa por parte do presidente Bolsonaro em colaborar com todos os órgãos de investigação." Valdemar da Costa Neto, presidente do PL

Matéria em atualização.

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