Um anteparo feito de tecido, com o odor do ser humano, é usado em uma ação nesta quarta-feira (29) por técnicos do Centro de Controle de Zoonoses de Maceió (CCZ) e da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), para capturar mosquitos transmissores da febre amarela em uma mata na Gruta de Lourdes, região do Horto.
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O local é onde foi achado um macaco morto em setembro do ano passado, que tinha o vírus da doença. A confirmação da infecção foi feita oficialmente ontem pela Sesau.

De acordo com o biólogo Carlos Fernando Rocha, do CCZ, a intenção da equipe é identificar se existe, na região, vetores contaminados com o vírus da febre amarela para, assim, entender como o macaco foi infectado, já que Maceió não é área endêmica para a doença. O trabalho na mata vai até sexta-feira.
“Se o vetor estiver nessa região, vamos tentar capturar. Esse anteparo, com o cheiro do ser humano, atrai o mosquito. Ele pousa e, com ajuda de outros equipamentos, fazemos a sucção do animal, para ser analisado em laboratório”, explica o biólogo.

Mosquito não é de área urbana
Diferente do que a maioria das pessoas temem, os mosquitos transmissores da febre amarela, das espécies Haemagogus e Sabethes, não vivem dentro das casas, em áreas urbanas. O inseto é natural de áreas rurais e os casos da doença ocorrem em regiões endêmicas e onde há matas na circunvizinhança, quando as pessoas adentram essas áreas ou chegam muito próximo delas. “Não é esse o caso de Maceió; por isso estamos investigando como esse animal foi infectado”, afirma.
Veja o vídeo gravado no local:
*Estagiário sob supervisão
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