Abel Ferreira criticou a arbitragem após a derrota do Palmeiras para o Grêmio por 3 a 2, destacando que decisões polêmicas impactaram o desempenho da equipe no Campeonato Brasileiro.
O técnico questionou a consistência das marcações de pênaltis e sugeriu que os árbitros podem estar com medo de punições, especialmente após a suspensão de um juiz por decisões controversas em jogos anteriores.
Apesar da derrota, Abel defendeu suas escolhas táticas, afirmando que o foco do time é a final da Conmebol Libertadores, enquanto o Palmeiras agora precisa vencer seus próximos jogos e torcer contra o Flamengo para ter chances de título no Brasileiro.
Abel Ferreira lamentou os erros cometidos pelo Palmeiras na derrota por 3 a 2 para o Grêmio, nesta terça-feira, mas voltou a questionar a arbitragem do Campeonato Brasileiro. Segundo ele, "muita coisa mudou" após o polêmico clássico contra o São Paulo.
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Não vivo de "se". Se o pênalti fosse marcado, o jogo tinha ficado 3 a 3 ou 4 a 3, mas depois deste pênalti muita coisa mudou. Nomeadamente o árbitro desta competição ficou pendurado, será que outros árbitros não ficaram com medo?", declarou.
"De apitar, por exemplo, o pênalti no Maracanã (em Gómez no início de Flamengo x Palmeiras). Se comparar o pênalti com o do Arrascaeta na casa do Palmeiras na primeira volta, há muita diferença? Há diferença a bola que bate no jogador do Vitória e nem ao VAR foi ver. Será que os árbitros não ficaram todos com medo que a CBF os castigasse e o STJD ainda desse mais dias de castigo, o que nunca tinha visto em cinco anos de Brasil?", continuou o técnico.
No dia 5 de outubro, o Palmeiras perdia para o São Paulo por 2 a 0 no Morumbi, quando Tapia caiu na área após choque com Allan. Apesar da reclamação tricolor, o árbitro Ramon Abatti Abel optou por mandar o jogo seguir, decisão corroborada pelo VAR, Ilbert Estevam.
O juiz da partida levou um gancho de quase um mês e na semana passada foi punido com 40 dias de suspensão pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), junto de Ilbert Estevam.
Ao ser perguntado sobre a decisão de poupar praticamente um time inteiro na derrota contra o Grêmio, Abel resumiu que toma suas decisões pensando no melhor para o Palmeiras, que no sábado disputa a final da Conmebol Libertadores com o Flamengo.
Embora o sinal tenha sido de que o Verdão abriu mão do Brasileiro nesta reta final, o técnico disse que não foi uma decisão do clube.
Depois do jogo do São Paulo, percebemos todos no clube o que estava passando. E entendi no último jogo. Não foi o Palmeiras que desistiu. Não desistiu do pênalti no Maracanã, não desistiu do pênalti do Santos, não desistiu do pênalti do Vitória", completou.
Contra o Grêmio, Abel considera que a equipe fez um "belíssimo primeiro tempo" e pagou por erros, como ao ceder o empate no último lance antes do intervalo em um lateral, além de dois pênaltis na segunda etapa.
"Fizemos uma boa primeira parte, entramos muito bem no jogo, pena no último terço as finalizações não terem levado outros acertos. Injusta a forma como fomos para o intervalo com um gol sofrido de um arremesso da linha lateral, não lembro de nada que tenham criado, fizemos uma belíssima primeira parte, pena um resultado tão escasso."
"Na segunda parte, mesmo com a dureza do gol no fim da primeira parte, o jogo se equilibrou. Depois, não podemos cometer um pênalti daqueles, não podemos, ao perder por 2 a 1 não podemos perder um gol embaixo da trave como Facundo perdeu, neste nível esses erros custam caro, no final o adversário criou mais pelos nossos erros que propriamente pelo volume que tiveram. Estava tentando entender porque meu jogador foi expulso, regra não deixa jogador ser penalizado duas vezes, mas foi o que foi", lamentou.
Com a derrota dessa terça, o Palmeiras parou nos 70 pontos, e o Flamengo chegou aos 75, após empatar com o Atlético-MG. Restando seis pontos em jogo, o Verdão teria que vencer os dois jogos e torcer para que o adversário faça apenas um ponto nos dois jogos finais para ser campeão.
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