Uma testemunha disse à reportagem da TVT, em entrevista nessa quarta-feira (01), que o garoto João Victor, de 13 anos, foi agredido pelo segurança de uma lanchonete , na Zona Norte de São Paulo, no último domingo, antes de morrer.
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A morte do menino é investigada pela Polícia Civil de São Paulo, que até o momento não tem a versão da testemunha, que teria sido ignorada pela Polícia Militar, no dia do crime.
A moradora de rua identificada como Silvia contou que o segurança da lanchonete deu pelo menos um soco em João Victor. “Eu ia vender as balas e ele vinha correndo, com o segurança atrás e o gerente mais atrás. O segurança segurou ele pelo pescoço e deu um soco na cabeça, que ele gritou. O segurança segurou em um braço e o gerente em outro. Até atravessar a rua, ele [o menino] tava consciente. Quando chegou no meio da avenida, desfaleceu e desmaiou”, contou.
A testemunha disse ainda que o menino foi arrastado para perto do poste, ela se aproximou e viu que ele espumava pela boca. “Pedi uma colher para puxar a língua dele, consegui puxar, mas ele já estava morto”, lembrou.
O advogado Ariel de Castro Alves, do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, colabora com o caso e lamenta que o testemunho da moradora de rua tenha sido desprezado. “Ela procurou os policiais militares que foram atender a ocorrência, disse que viu e apontou quem seria o agressor. Os policiais disseram que o depoimento dela não tinha valor por ela ser moradora de rua”, criticou.
Os funcionários da lanchonete afirmam que não agrediram o menino e que ele morreu após um mal súbito.
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