Tem gosto de tomate, cheira a tomate e até parece (principalmente) um tomate. Há apenas um problema: é roxo.
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O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aprovou um tomate roxo geneticamente modificado, abrindo caminho para que o fruto única seja vendido nas lojas norte-americanas no próximo ano.
“Do ponto de vista do risco de pragas de plantas, esta planta pode ser cultivada com segurança e usada na reprodução”, disse a agência em um comunicado à imprensa em 7 de setembro.
A aprovação deixa o tomate roxo um passo mais próximo da ampla distribuição. Além de sua cor única, o tomate roxo também tem benefícios para a saúde e uma vida útil mais longa do que os tomates vermelhos, dizem os cientistas.
O tomate foi desenvolvido por uma equipe de cientistas, incluindo a bioquímica britânica Cathie Martin, que é professora da Universidade de East Anglia e líder de projeto no John Innes Center em Norwich, Inglaterra.
Martin trabalhou na produção de pigmentos em flores por mais de 20 anos, disse ela à CNN. “Eu queria iniciar projetos onde pudéssemos olhar e ver se havia benefícios para a saúde para esse grupo específico de pigmentos”, disse ela.
Os pigmentos que atraíram o interesse de Martin são as antocianinas, que dão aos mirtilos, amoras e berinjelas seus ricos tons azul-púrpura. Com financiamento de um consórcio alemão, ela decidiu projetar tomates ricos em antocianinas, na esperança de “aumentar a capacidade antioxidante” dos frutos.
Ao comparar os tomates normais com os tomates roxos modificados, ela seria capaz de identificar facilmente se as antocianinas estavam ligadas a algum benefício específico para a saúde.
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