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Em cerca de duas semanas, quase todas as grandes metrópoles reduziram suas atividades ao mínimo possível. Uma das exceções é justamente a maior delas, Tóquio, cuja área metropolitana abriga 35 milhões de pessoas.
Além da capital japonesa, Osaka (19 milhões), Istambul (15 milhões) e Seul (9 milhões) não adotaram restrições amplas, mas apenas ações pontuais e recomendações para tentar conter o coronavírus.
O Japão, assim como a Coreia do Sul, aposta em testes em massa e no isolamento de áreas com focos do coronavírus. Na capital japonesa, algumas redes de comércio e serviços resolveram parar por conta própria até meados de abril, como uma empresa que controla 200 locais de caraoquê.
Já Istambul segue aberta por decisão do presidente Recep Tayyip Erdogan. O país fechou escolas e bares e vetou eventos de massa, mas não recomendou que as pessoas fiquem em casa, para que a economia siga em plena atividade. O prefeito Ekrem Imamoglu, que é opositor de Erdogan, pede que a cidade entre em quarentena obrigatória, pois a maior parte dos casos do país foi registrada ali.
A reportagem conferiu a situação de 38 megacidades, em um recorte que levou em conta o total de população e sua relevância internacional. Assim, foram analisadas as 32 cidades com mais de 10 milhões de habitantes e mais 6 áreas metropolitanas de grande simbolismo: Wuhan, Seul, Teerã, Londres, Madri e Nova York.
A restrição de atividades começou na China, em janeiro, e foi adotada em efeito dominó a partir da segunda metade de março, em uma sequência de anúncios quase diários: em Madri (no dia 15), Paris (17), Bancoc (18), Buenos Aires (19), São Paulo (20), Nova York (22) e Londres (23).
Em seguida, a Índia decidiu por uma paralisação abrupta, que fechou algumas das cidades mais cheias do mundo no dia 25, como Nova Déli, Mumbai e Calcutá. E no dia 30, dois países reticentes, México e Rússia, também determinaram restrições, que atingiram a Cidade do México e Moscou.
Para Valter Caldana, professor de urbanismo do Mackenzie, esse movimento deixou clara a articulação internacional cada vez maior entre prefeitos e governadores. "Em menos de 15 dias, uma rede de cidades parou o mundo, não uma rede de chefes de Estado", avalia. As ações tentam retardar a propagação do vírus, para preparar o sistema de saúde e evitar que haja um número explosivo de casos em poucos dias, o que levaria ao colapso dos sistemas de saúde.
As cidades adotaram estratégias idênticas: restringem a saída de casa, com exceção para comprar comida e remédios, ir ao médico ou trabalhar em funções essenciais. O que varia são a intensidade das medidas e a forma de exigir seu cumprimento. Na China e na Rússia, são usados apps para rastrear os movimentos. Na Índia, policiais nas ruas foram flagrados batendo nas pessoas com pedaços de pau para obrigá-las a voltar para casa. A maior parte dos governos disse que pretende retomar a rotina em meados de abril, embora haja grandes chances de o prazo ser estendido, pois não está claro quando será atingido o pico da epidemia.
Na China, as cidades vão retomando as atividades aos poucos. Informações oficiais apontam que houve estabilização no número de novos casos no país, mas o comércio enfrenta problemas. Mesmo com o relaxamento das restrições no fim de março, lojas e restaurantes não voltaram ao faturamento de antes da crise. Em cidades como Xangai e Pequim, menos gente tem se animado a ir às compras ou sair para comer, apesar dos apelos do governo, relataram comerciantes ao jornal South China Morning Post.
Outro ponto é saber se a reabertura será para valer. Cinemas, bares e restaurantes que haviam reaberto fecharam de novo em algumas cidades, por ordem das autoridades. Em Xangai, atrações turísticas baixaram as portas pouco após retomarem as atividades.
"A China é a primeira sociedade tentando reabrir, e não tem exemplos para se inspirar, então faz isso de forma muito mais conservadora. Quando for a nossa vez, poderemos aprender com o que foi feito lá", diz Renato Cymbalista, professor de urbanismo da USP.
Para ele, a quarentena deverá trazer modificações profundas. "As pessoas perceberam que muitas atividades que faziam presencialmente podem ser feitas à distância, e isso vai mudar a cara das cidades como conhecemos hoje. Das milhões de lojas fechadas, milhares provavelmente não voltarão a abrir".
Caldana projeta que a volta à normalidade poderá ser um tanto abrupta. "Muitas demandas estão represadas e uma retomada repentina pode gerar um tranco. Mas a capacidade de adaptação das cidades é maior do que se imagina."