"Tribunal do crime": homem é condenado a 50 anos de prisão por duplo homicídio de irmãos

Publicado em 30/10/2025, às 07h45
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Por TNH1 com Assessoria

Felipe Marques do Nascimento foi condenado a 50 anos e seis meses de prisão por duplo homicídio qualificado e associação criminosa, em um caso que envolveu a execução de dois irmãos em Alagoas, supostamente por pertencerem a uma facção rival.

As vítimas, Wesley e Wellington Costa da Silva, foram assassinadas em maio de 2019 durante um 'tribunal do crime' promovido por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), com o crime sendo motivado por rivalidades no tráfico de drogas.

A promotoria destacou a importância da condenação como uma resposta da Justiça à criminalidade organizada, trazendo um senso de justiça para as famílias das vítimas após anos de espera.

Resumo gerado por IA

Felipe Marques do Nascimento foi condenado a 50 anos e seis meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, pelos crimes de duplo homicídio qualificado e associação criminosa. A decisão foi emitida nessa quarta-feira, 29, por meio da 42ª Promotoria de Justiça da Capital.

As vítimas foram os irmãos Wesley Costa da Silva e Wellington Costa da Silva, assassinados em maio de 2019, no bairro do Benedito Bentes, sob a alegação de que seriam integrantes de uma facção rival, supostamente, o Comando Vermelho (CV).

A denúncia apresentada pela promotora de Justiça do Ministério Público de Alagoas (MPAL), Adilza Inácio de Freitas, demonstrou que o crime foi cometido por motivo torpe, meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, configurando homicídio duplamente qualificado. 

Segundo as investigações, os irmãos foram submetidos a um “tribunal do crime” e executados com golpes de arma branca em uma área de mata, por determinação de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), que atuavam na região. O réu, de acordo com o Ministério Público, agiu em conjunto com outras pessoas, ainda não identificadas.

Durante o julgamento, o MPAL comprovou que os acusados agiram de forma premeditada e com extrema violência, em decorrência de rivalidades ligadas ao tráfico de drogas. Foram apresentados laudos cadavéricos, relatórios de investigação e depoimentos testemunhais que comprovaram a materialidade e autoria do crime.

“Este caso representa a força da atuação do Ministério Público no enfrentamento à criminalidade organizada. A condenação é uma resposta firme da Justiça e um alento para as famílias das vítimas, que aguardavam por justiça desde 2019”, afirmou a promotora de Justiça, responsável pela acusação no Júri.

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