"Vai ser bom para Alagoas", diz Alfredo Brêda, sobre novo modelo de crédito imobiliário

Publicado em 16/10/2025, às 13h49
Imagem meramente ilustrativa - Diogo Moreira / Divulgação Governo de São Paulo
Imagem meramente ilustrativa - Diogo Moreira / Divulgação Governo de São Paulo

Por TNH1 com TV Pajuçara

Na semana passada o Governo Federal anunciou um novo modelo de crédito imobiliário para ampliar a oferta e o acesso ao crédito habitacional. A medida reformula a lógica atual das operações e moderniza as regras de direcionamento do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). A mudança beneficia principalmente as operações realizadas dentro das regras do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), voltadas à classe média, o que deve expandir o investimento no setor de construção civil e gerar mais empregos.

Em Alagoas, as medidas devem aquecer o mercado imobiliário. Alfredo Brêda, vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, explicou ao Fique Alerta, nesta quinta-feira, 16, o que muda com as novas medidas. 

"É uma grande notícia para o mercado imobiliário e para as pessoas. Não é só para o mercado, é para quem quer adquirir um imóvel. Com essas decisões tomadas pelo Governo Federal juntamente ao Banco Central e apoio das entidades de classe. Esse trabalho, que vem sendo feito há cerca de 90 dias, é para que os bancos tivessem acesso ao compulsório da poupança. Como estava funcionando? 65% dos recursos da poupança, os bancos poderiam emprestar e fazer os financiamentos imobiliários, 35% estavam retidos. Agora, gradativamente este compulsório está sendo liberado e, com isso, está se permitindo que se financie os imóveis acima de R$ 500 mil até R$ 2,250 milhões".

Alfredo Brêda (Foto: Reprodução / TV Pajuçara)

"A pessoa consegue financiar agora 80% do valor do imóvel, anteriormente estava em 70%. Um exemplo: o imóvel de R$ 1 milhão, a pessoa só podia financiar R$ 700 mil, mas agora com a nova regra, ela vai poder financiar R$ 800 mil e ficar com uma diferença a pagar às construtoras, mas um pouco menor e melhor, as construtoras facilitam para que isso ocorra. Naturalmente, isso bai gerar emprego e renda, que é o que nos interessa. Vai ser bom para Maceió, Alagoas e para o Brasil", acrescentou.

Brêda detalhou ainda que essa nova medida deve estimular famílias da classe média, que têm faixa de renda acima de R$ 12 mil, na busca por novos imóveis.

"Em 2025, a gente deve manter o mesmo nível de vendas de 2024 por conta do Minha Casa Minha Vida (MCMV), que subiu um pouco as vendas por conta dos incentivos. E diminuiu um pouco desse classe média. A gente acredita que, no ano que vem, deve aumentar em pelo menos 20% as vendas para essa pessoa da classe média. O que estava um pouco estagnado, deve recuperar e voltar aos índices de 2023. São as rendas acima de R$ 12 mil. Até R$ 12 mil, você está no MCMV. Acima disso é quem se beneficia disso (nova medida do governo). Bom para todo mundo, porque vai movimentar comércio, indústria e a economia em geral".

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