Os casos descartados de varíola dos macacos quase dobraram em uma semana em Alagoas. No dia 29 de agosto, o estado registrava 39 testes negativos para monkeypox e o boletim divulgado nessa segunda-feira, 5 de setembro, mostra que o número saltou para 76 nos últimos sete dias, ou seja, um crescimento de 94,8% de casos desconsiderados da doença.
A Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) reforça que os resultados dos exames de diagnóstico para divulgação são processados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na cidade do Rio de Janeiro. O material biológico é coletado pelo Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL) e enviado para a capital carioca, através de uma transportadora contratada pelo Ministério da Saúde (MS).
Desde o início de setembro, uma nova classificação foi inserida nos boletins publicados pela Sesau. Tratou-se de um morador de São Miguel dos Campos que passou a ser considerado como caso provável, pois o resultado da coleta foi inconclusivo porque não atingiu os parâmetros recomendados em bula para determinar ausência ou presença de material genético após duas análises. A pessoa realizou isolamento domiciliar, foi monitorada diariamente e agora está sem lesão.
Os dados fornecidos pela Sesau, nessa segunda-feira, também apresentam que 122 pessoas ainda aguardam os resultados dos testes para saber se estão ou não com a doença. Em comparação com o último dia 29, houve um aumento de sete casos em investigação.
Alagoas continua com três casos confirmados da varíola dos macacos, todos do sexo masculino, tendo como municípios de residência Maceió e Murici e idades de 37, 35 e 25 anos, respectivamente. Ao todo, foram 202 casos contabilizados no estado desde o início do surto mundial.
Mais seis cidades alagoanas notificaram casos - Nos últimos sete dias, o número de municípios com casos notificados de monkeypox também apresentou aumento. Anteriormente, eram 35 cidades com ao menos um caso suspeito da doença.
O boletim atualizado no dia 5 de setembro mostra que agora são 41 cidades que contabilizaram casos de monkeypox, entre confirmados, descartados, prováveis e ainda em investigação.
Os municípios de Feira Grande e São Miguel dos Milagres, com dois casos em investigação, e Marechal Deodoro, Novo Lino, Pilar e Traipu, com um caso suspeito cada, começaram a figurar na tabela de distribuição dos casos. Veja abaixo.
A Sesau destacou que os casos classificados como suspeitos permanecem sob monitoramento das Vigilâncias Epidemiológicas dos municípios de origem. Conforme informações atualizadas pelas Secretarias Municipais de Saúde (SMSs), eles estão em isolamento domiciliar, sem evolução negativa do estado de saúde e, após cumprirem o período de isolamento preconizado, serão liberados.
