Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, foi preso durante uma operação da Polícia Federal que investiga a venda de títulos de crédito falsos, enquanto o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do banco, resultando na perda de R$ 117 milhões do IPREV Maceió, o que ameaça a estabilidade financeira dos aposentados da cidade.
O vereador Rui Palmeira criticou a gestão de João Henrique Caldas por investir os recursos dos aposentados em títulos sem garantia, desconsiderando alertas técnicos sobre a fragilidade da aplicação, que foi realizada com a consultoria Crédito & Mercado, já sob investigação.
Palmeira apresentou documentos à Câmara Municipal e formalizou uma denúncia ao Ministério Público Estadual, pedindo uma investigação rigorosa sobre a responsabilidade dos envolvidos, enquanto a Prefeitura de Maceió ainda não se pronunciou sobre a situação.
A manhã desta terça-feira (18) foi marcada pela prisão de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, durante operação da Polícia Federal que investiga a venda de títulos de crédito falsos. Ao mesmo tempo, o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master e a liquidação judicial da corretora Master S.A., confirmando oficialmente a perda dos R$ 117 milhões aplicados pelo IPREV Maceió. O prejuízo impacta diretamente a vida dos maceioenses, colocando em risco a estabilidade financeira do fundo dos aposentados e pensionistas.
Com a confirmação da perda milionária, o vereador Rui Palmeira exigiu explicações e responsabilização da gestão João Henrique Caldas, que tomou a decisão irresponsável e temerária ao realizar o investimento. A Prefeitura de Maceió aplicou R$117 milhões dos aposentados em títulos sem Fundo Garantidor de Crédito (FGC), instruídos pela consultoria Crédito & Mercado, empresa já investigada pela PF por operações com “letras podres”.
Para o vereador, a gestão municipal ignorou alertas técnicos, feriu princípios básicos de segurança financeira e colocou em risco o patrimônio maceioense. “Essa aplicação jamais poderia ter sido feita. A gestão João Henrique Caldas apostou com o dinheiro dos aposentados e agora o prejuízo está batendo na porta”, reforçou.
Rui Palmeira levou o caso à Câmara Municipal ainda em setembro, apresentando documentos que expunham as fragilidades e irregularidades da aplicação. Paralelamente, formalizou denúncia ao Ministério Público Estadual, que agora precisa acelerar a investigação e apurar com rigor a responsabilidade dos administradores municipais e de todos os envolvidos no processo.
“Eu já havia indicado na tribuna e também na denúncia formalizada ao Ministério Público que essa perda financeira poderia acontecer. Agora, precisamos cobrar a responsabilização dos envolvidos no caso. Não se pode, por irresponsabilidade, perder R$ 117 milhões do fundo dos aposentados e pensionistas de Maceió”, cobrou o vereador.
Rui reafirmou que continuará acompanhando cada etapa do caso e cobrará, dentro e fora da Câmara, que o executivo responda por suas decisões infundadas e que o patrimônio dos servidores aposentados seja devidamente protegido.
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A prefeitura de Maceió ainda não se manifestou sobre o caso.
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