O Instituto Butantan divulgou neste sábado, 11, um vídeo mostrando os cuidados que a equipe tem com a cobra naja, que completou em agosto um ano na instituição após ser resgatada em Brasília.
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"Batizada de Nadja, carinhoso nome escolhido pelos internautas em enquete feita nas redes do Butantan, a serpente completou um ano morando no Museu Biológico da instituição. No vídeo, o diretor do museu, Giuseppe Puorto, mostra como é o dia a dia e conta outras curiosidades. O caso da naja, vinda de uma apreensão, alerta para os perigos em retirar da natureza espécies exóticas e peçonhentas. O tráfico de animais não só prejudica o bicho como coloca a população em risco e é crime", diz o Butantan.
O caso - O estudante Pedro Henrique Krambeck foi picado pela naja no dia 7 de julho. A cobra é considerada uma das mais venenosas do mundo e não havia soro antiofídico da espécie no Distrito Federal.
Os médicos e a família do estudante precisaram pedir o antídoto para o Instituto Butantan – único local que tinha o soro no país, para pesquisa. Pedro ficou seis dias internado em um hospital particular no Gama, sendo cinco em uma Unidade de Terapia Intensiva.
De acordo com a Polícia Civil do DF, o jovem criava a cobra em casa ilegalmente e tinha, pelo menos, 18 serpentes. Ele foi preso em 29 de julho, por suspeita de tentar atrapalhar as investigações. Dois dias depois, no entanto, foi solto após conseguir um habeas corpus.
Um amigo de Pedro também chegou a ficar dez dias preso, suspeito de obstrução das investigações. Em depoimento, a mãe e o padrasto do estudante disseram que sabiam da criação ilegal dos animais.
Após o incidente com a naja, a polícia intensificou as investigações sobre a criação ilegal de espécies exóticas na capital. Segundo a corporação, o caso revelou um esquema de tráfico de animais com prováveis ramificações internacionais.
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