Em meio à polêmica sobre as decisões judiciais em todo o Brasil que proíbem a realização de eventos como a vaquejada, sob a justificativa de causarem maus-tratos a animais, eventos de MMA, sigla em inglês para Artes Marciais Mistas, considerados violentos, também entraram na mira do Congresso Nacional. Um Projeto de Lei que tramita na Câmara Federal pode proibir as lutas e a transmissão dos eventos pela TV no Brasil.
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De acordo com o autor do projeto, o deputado federal pelo estado de São Paulo, José Mentor (PT), o esporte é “muito violento”.
“Primeiro não é um esporte. O esporte tem por princípio a proteção do atleta; por exemplo: quando você vai assistir a uma luta de esgrima, o lutador não precisa furar o outro para ganhar a luta, toca no sensor que acusa o golpe e pronto. No salto com vara, o cara se joga lá em cima e do outro lado tem um colchão para não se machucar e o MMA não. É soco pra todo lado, é chute, pontapé, isso não é esporte”, julga o parlamentar.

Crédito: Estadão Conteúdo
O deputado chegou a comparar o MMA com o boxe, onde alega que há proteção para os atletas. “O boxe tem protetor, tem luva, capacete. Quando é olímpico, é outro tipo de regra. Aqui não, nem é arte marcial. Eles dizem que é artes marciais mistas, mas eu conversei com vários representantes de várias artes marciais e nenhum deles considera aquilo um esporte”, avalia.

Crédito: Estadão Conteúdo
José Mentor diz que o sucesso dos eventos de luta em todo o mundo se dá porque as pessoas gostam de violência. “Veja como é uma contradição. No Brasil, luta de galo é proibida. Luta de canário é proibida. Luta de cães é proibida. Tudo por que machuca os animais. Tem lugares que rodeio, com touro e cavalo, é proibido. Em São Paulo, não pode rodeio e pode um rinha humana?”, questiona.
A proposição do deputado é de 2009. Ele concedeu entrevista sobre o assunto à jornalista Mariana Monteiro, apresentadora do programa Palavra Aberta, da TV Câmara; assista:
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