A adolescente de 15 anos estuprada no último dia 1 de junho, que acabou matando o homem que a violentava, foi absolvida da acusação de homicídio, segundo informou nesta quinta-feira (29) a Procuraduria Geral de Justiça da capital mexicana.
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As autoridades jurídicas consideraram que a jovem, de nome Itzel, agiu em legítima defesa ao tentar se livrar de seu agressor, de 30 anos, que a ameaçava com uma faca enquanto abusava sexualmente dela, no bairro Atlantida, Cidade do México. No Youtube, ela contou que o abuso durou cerca de 2h, na rua, e "as pessoas e os carros passavam e ninguém fazia nada".
A decisão de absolver a adolescente foi motivo de alívio para sua advogada, Karla Micheel Salas, conforme informou o jornal El País. Ela, no entanto, mostrou sua indignação:
— Como puderam investigar uma menina que só se defendeu de seu agressor?
Durante os 27 dias em que Itzel esteve sob acusação, Karla conta que a família foi pressionada por autoridades e chegou a ser ameaçada por telefone.
Itzel muito provavelmente teria morrido se não conseguisse retirar a arma do agressor e usá-la para furá-lo. Ele anunciou que estava ferido, ela gritou por socorro e conseguiu escapar, sem a ajuda de ninguém, segundo relato do El País.
— Empurrei-o com minhas pernas, tirei-o de cima de mim e ele me disse que o tinha furado no peito. Pedi socorro, mas ninguém deu atenção
Assim que se deparou com as autoridades, ela foi conduzida ao Ministério Público em vez de ser atendida em um hospital. Foi a família que teve de comprar a pílula do dia seguinte, segundo a advogada.
A jovem continuou sendo investigada, mas o clamor popular, principalmente pelas redes sociais, fez o caso mudar de rumo e ela ser abolvida depois de um mês de angústia.
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