Viúva de Cid Moreira fala pela primeira vez após morte do jornalista

A jornalista Fátima Sampaio Moreira, 59, deu uma entrevista pela primeira vez nesta sexta-feira (25) para falar sobre a morte do ex-marido, o também jornalista Cid Moreira (1927-2024).

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"É um processo que você precisa de muito afeto em volta e do suporte dos amigos. Sabe qual é a sensação que dá: a de que você congelou. E está tudo acontecendo e só você como se eu tivesse dado uma pausa ali", disse.

Em entrevista ao videocast "Mulheres On", Fátima lembrou da dedicação que um tinha pelo outro nos 25 anos em que estiveram casados -- em que passavam muitas horas juntos e dividiam contas e problemas.

"Passei 29 dias com ele no hospital. Já éramos superjuntos, então, nesse momento era quase uma coisa só: todo o tempo observando, dando carinho e conversando, porque ele estava muito lúcido; Esse mergulho e essa despedida dolorida dariam um livro lindo", comentou.

A viúva de Cid Moreira disse que é conhecido que o primeiro ano do luto, que ela está passando, é o mais difícil, pois os entes queridos precisam enfrentar as datas importantes como aniversário, Natal, Ano Novo, Dia dos Namorados e outras sem a pessoa.

"É a primeira vez que estou vivendo sem ele depois de tanto tempo. Você vai avisando para sua alma e para o seu corpo que ele não está mais lá. Tem amor, o amor não muda, sempre vai existir. O que acontece é entender o tempo que vocês tiveram juntos e que agora é tempo de seguir", disse.

Fátima disse que está tentando reconstruir a vida e descobrir coisas que gosta de fazer, como meditação, prática que vem estudando, e religiosidade.

O jornalista e locutor morreu no dia 3 de outubro de 2024, em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. Ele estava internado no Hospital Santa Teresa e faleceu em decorrência de uma insuficiência renal crônica agudizada, distúrbio eletrolítico e falência múltipla de órgãos.

Em outra entrevista, concedida quando Cid faleceu, Fátima relembrou que estavam juntos há 25 anos. “Nos divertíamos muito com a diferença de idade”, contou. “Se divertia muito com as nossas diferenças, a gente acabava rindo junto.”